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13 de Julho de 2013, 14:38 , por Lerd - | No one following this article yet.
Notícias da América Latina e Caribe em Português

Amazon lança nova data promocional para assinantes no Brasil

28 de Setembro de 2020, 13:36, por Adital

Depois de anunciar um novo centro de distribuição no Brasil no início de setembro, a Amazon lança agora sua data de promoções exclusivas para assinantes no País. “Não vamos parar por aí”, diz o presidente da marca no Brasil, Alex Szapiro. Com um ano do serviço Prime por aqui, a empresa diz ter uma série de lançamentos programados para as próximas semanas, mas não dá números concretos do quanto os investimentos por aqui têm rendido. “O que posso dizer é que hoje o Brasil é um dos principais países do Prime no mundo”, afirma. O serviço de assinaturas da companhia conta hoje com 150 milhões dos chamados “prime members” em nível global. Ele diz que o crescimento de assinantes no País é acima da média. O investimento no novo centro de distribuição (CD) em Cajamar, na Grande São Paulo – quinto da companhia no Brasil e o quarto na cidade paulista – teve muito a ver com a nova data de promoções que a empresa traz agora para cá. A intenção da empresa é atender à alta de demanda que os descontos costumam trazer ao redor do mundo, mas com rapidez na entrega – uma característica da marca. Aliás, mais aberturas de centros de distribuição em novos Estados estão no radar da companhia, segundo o executivo. Para ele, a pandemia da covid-19 apenas antecipou investimentos para suprir as necessidades dos consumidores com maior sortimento de produtos e com mais pontos físicos de armazenamento para acelerar as entregas. Quando questionado a respeito da competição no e-commerce brasileiro, que conta com mais players brigando por mercado do que em outros países, o executivo diz não estar preocupado. “Gasto zero do meu tempo olhando para competidores. Zero do meu tempo olhando para relatórios de bancos”, afirma. Na última semana, um relatório do HSBC apontou que o setor de e-commerce brasileiro, no médio prazo, deve assistir a fusões e aquisições dos principais players do ramo ou então passar por uma competição de preço tão acirrada que empurre alguns deles para fora da disputa. “No Brasil, existem atualmente cinco players e nós achamos difícil ver todos eles desfrutando de uma participação de mercado de 15-20%”, afirma o texto dos analistas Ravi Jain e Felipe Cassimiro. Na corrida pelo download dos aplicativos, segundo o banco, a Amazon vem crescendo no País. No entanto, ainda muito abaixo das concorrentes já estabelecidas por aqui. “Os downloads de aplicativos da Amazon Brasil melhoraram, chegando a 1 milhão em agosto de 2020, mas ainda significativamente abaixo das concorrentes que variam de 2,5 milhões a 3,5 milhões de downloads”, dizem os analistas. Para Szapiro, o varejo brasileiro é um campo enorme de atuação. “A penetração do e-commerce no Brasil está em torno de 5 a 6%”, diz. Ele avalia que ao prestar um serviço de qualidade, não há porque se preocupar com a concorrência, já que haveria muito espaço a ser conquistado. E os investimentos da companhia por aqui para acelerar as entregas não são poucos. O executivo afirma que, quando o Prime foi lançado por aqui, a entrega em dois dias atingia 6 cidades. Um ano depois, a entrega neste prazo chega a 400 municípios.Prime Day As promoções do Prime Day devem acontecer entre 13 e 14 de outubro. Nas 48 horas de evento serão disponibilizados mais de um milhão de itens em todo o mundo e em todas as categorias de produtos. As promoções acontecerão simultaneamente nos EUA, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Cingapura, Holanda, México, Luxemburgo, Japão, Itália, Alemanha, França, China, Canadá, Bélgica, Áustria, Austrália e, participando pela primeira vez neste ano, Turquia e Brasil. Os descontos são exclusivos para assinantes do serviço Prime, mas é possível acessá-los no período gratuito de teste, sem ter pago nenhuma mensalidade. “Durante o Prime Day, ofereceremos aqui mais de 15 mil promoções de produtos e marcas em mais de 30 categorias”, completa Szapiro.

 

Fonte: Correio24horas

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‘Um luxo que a Bahia e Salvador não podem pagar’, diz Rui sobre Parque de Exposições

28 de Setembro de 2020, 13:36, por Adital

O governador Rui Costa (PT) rebateu nesta segunda-feira (28) críticas que recebeu depois que anunciou a intenção de vender o terreno do Parque de Exposições, na Avenida Paralela. Ele afirmou que a cidade não pode se dar ao luxo de ter um espaço desses em área urbana para ser usado uma ou duas vezes por ano. “O terreno é urbano, dentro de Salvador, o agronegócio tem capacidade até em parceria com estado de ajudar a montar uma estrutura fora do centro urbano para ter essas exposições. Ali não é lugar apropriado para usar uma vez no ano, duas vezes no ano” , disse Rui. “É um luxo que a Bahia e Salvador não podem pagar”.

Para Rui, colocar esse terreno à venda para algum empreendimento que faça a economia circular diariamente será mais proveitoso para a capital baiana. “Temos disposnição de conversar sobre áreas fora do centro urbano para construir lugar pra gado, pra cavalo, não é na principal avenida da cidade que é lugar apropripado pra isso”, disse. “Se tivesse toda semana atividades de exposição, movimentando emprego, renda, vá lá, mas para usar duas vezes ao ano?  Uma área enorme daquela paralisada sem gerar atividade econômica, sem gerar emprego, não faz sentido ennhum”, reforçou, falando durante inauguração de obras para duplicação da Avenida Gal Costa.
Ele disse que o estado tem disposição para negociar com associações interessadas uma parceria para um espaço do tipo fora da área urbana da cidade.
Depois que Rui anunciou a intenção de venda do espaço, entidades criticaram a decisão. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), representante dos produtores e os Sindicatos Rurais baianos, em conjunto com as instituições do setor agro, emitiram nota pública sobre o tema.

A Faeb diz que “o espaço é um equipamento público de grande importância para a economia da Bahia, não agregando apenas ao setor Agropecuário, com exposição e comercialização de animais e produtos agrícolas, mas todos os segmentos produtivos, como a Indústria, pela compra e venda dos insumos produzidos, e o Comércio de bens, Serviços e Transporte, através da geração de empregos e recolhimento de tributos ao Governo durante cada evento”.
Ainda no documento, a Faeb e demais entidades reforçam a importância do equipamento. “Certamente, a arrecadação gerada pelo agronegócio, que tem mantido a balança comercial do Brasil nesses anos difíceis, cobre, com folga, a manutenção do Parque de Exposições, vital para a continuidade dos negócios de todos os segmentos, como já foi pontuado. É importante ressaltar que o êxito do setor rural garante também a manutenção das pessoas no campo, evitando o deslocamento precário para as cidades. Um campo forte é garantia de uma Bahia forte também”, continua o texto.
Situação da covid-19 na Bahia Também no evento nesta manhã, o governador reafirmou que os números continuam baixos e caindo lentamente, mas disse que a situação ainda é monitorada. “Novas medidas serão proporcionais à situação de cada cidade e cada região”, destacou.

O estado segue sem previsão de volta às aulas. “O número de óbitos ainda está alto, apesar da queda nos internamentos”, diz.
Rui diz que é cedo ainda para tratar do calendário do ano que vem, incluindo o Carnaval. “É prematuro fazer qualquer discussão sem ter um calendário de vacinação, de um antiviral ou mesmo grau de confiança maior de como estará a doença”, afirmou. “É preciso acompanhar”.
Ele lembrou que alguns lugares no Brasil e no mundo enfrentam uma segunda onda da pandemia. “Antecipar 6 meses, 4 meses, de uma decisão dessa é muito prematuro e com chance de errar grande”, considerou.

O governador pediu que a população continue se protegendo, com uso de máscaras e lavando as mãos, além de manter distanciamento. “Não dá para baixar a guarda. É momento de reforçar, de intensifcar as medidas de proteção”.
Vacina O governador afirmou que se reuniu com representantes da Pfizer, que preveem para novembro o resultado sobre se a vacina funciona ou não. No encontro, a fabricante queria conversar com representantes dos estados do Nordeste sobre qual cota de vacina desejam comprar.
“Como nós ja haviamos supostos, a produção de vacina não terá essa velocidade para vacinar toda humanidade de uma vez. Estão prevendo que no máximo conseguirão produzir para o ano de 2021 1,2 bilhão de doses. A população mundial é de 7 bi. Ou seja, vacinaríamos 20% da população. Se tivermos uma segunda vacina podemos talvez projetar 40% vacinados”, considerou. “Não vai ser na velocidade que esperávemos”.
Para tentar agilizar o processo, o melhor será ter várias vacinas, afirmou Rui. “Espero que tenhamos paralelamente 3, 4 vacinas sendo certificadas, sendo autorizadas, e com isso teríamos a chance ainda em 2021 vacinar toda população”, diz.
Ele falou também sobre negociação com ucranianos para a fábrica de insulina que será instalada em Dias D’Ávila. “Até dezembro vamos ter toda documentação assinada. No máximo até junho terá o projeto executivo pronto”, disse, lembrando que o medicamento será negociado para todo Brasil.

Fonte: Correio24horas

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Programa Morar Melhor: prefeitura dará início a reformas de 200 casas em Cajazeiras

28 de Setembro de 2020, 13:36, por Adital

Em Jaguaripe I, no bairro de Cajazeiras, 200 casas serão reformadas pela Prefeitura municipal de Salvador, através do programa Morar Melhor, criado em 2015, que já beneficiou 30 mil residências na capital baiana. Na manhã desta segunda-feira (28), o prefeito ACM Neto assinou a ordem de serviço que autorizou o início das obras na localidade. Até o final do ano, a meta é entregar mais 10 mil casas reformadas.

Uma delas é a casa de Karlay Santana, 37 anos, que era ajudante de cozinha e ficou desempregada durante a pandemia do novo coronavírus. Ela dependia do bolsa família e está inscrita no auxílio emergencial do governo federal. A equipe de prefeitura proverá um novo telhado, nova porta e janelas, assim como uma pintura para seu imóvel. “O telhado de minha casa está praticamente desabando, e eu sem condições de poder trocar, então para mim foi uma glória. Eu tava vendo a hora de cair em cima de minha cabeça”, relatou Santana. Karlay Santana terá a casa reformada pelo Programa Morar Melhor. Crédito: Marcela Villar/CORREIO O objetivo do programa é beneficiar pessoas de baixa renda, que tenham renda per capita inferior a R$ 85. As melhorias indicadas pelos próprios moradores, como reboco e pintura, recuperação ou troca de telhado, troca de esquadrias (portas e janelas) e instalações sanitárias. As intervenções nas residências visam requalificar essas unidades, recuperar componentes estéticos e dar um maior conforto aos moradores, para viverem com mais dignidade.

“Existem questões que, para alguns, podem parecer básicas, essenciais, mas para outros acabam se tornando uma grande conquista. Sabemos que essa é uma cidade bastante desigual ainda, pessoas que sonham muito em melhorar a condição de suas casas. Mesmo trabalhando, não conseguem fazer sobrar, no fim do mês, um dinheiro pra comprar uma telha, etc. Foi nesse contexto que fizemos o programa do Morar Melhor. Não há interferência política, o objetivo é chegar nas áreas de maior pobreza”, declarou ACM Neto.  Neto também ampliou o valor da reforma por casa. Antes, o limite para custear as obras era de R$ 5 mil, agora é de R$ 7 mil. O investimento total pelo município nesta terceira fase é de R$ 1,4 milhão. Os preços foram reajustados por causa do aumento do preço de insumos e dos materiais de construção desde o início da pandemia, em março deste ano. “Como eu não queria deixar as famílias defasadas, agora a família podem escolher obras que totalizem 7 mil reais”, declarou o prefeito ACM Neto em cerimônia em Cajazeiras.
O programa de habitação municipal, coordenado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), também possibilita a melhoria das condições sanitárias, a partir da construção de banheiros por exemplo, promovendo maior salubridade às edificações. Os critérios adotados pelas equipes técnicas da Seinfra para a seleção dos imóveis são a precariedade dos bairros, baseado em dados do IBGE 2010; maior predominância de domicílios com alvenaria sem revestimento; maior predominância de pessoas abaixo da linha de pobreza, com renda per capita inferior a R$ 85; maior predominância de mulheres chefe de família; maior densidade habitacional e precariedade habitacional obtida pela observação de campo.
Em agosto de 2017, o Morar Melhor foi premiado com o Selo de Mérito Especial em reconhecimento ao sucesso e bom desempenho do programa. A solenidade aconteceu no 64º Fórum Nacional de Habitação e Interesse Social, em São Paulo. O selo de Mérito Especial é promovido pela Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos e pelo Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano a projetos que apresentam resultados de boas práticas em habitação.

Fonte: Correio24horas

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ACM Neto anuncia interdição de praias após desrespeito a decreto

28 de Setembro de 2020, 13:35, por Adital

ACM Neto anunciou nesta segunda-feira (28) que vai voltar a interditar algumas praias após desrespeito de banhistas a decretos. As praias que serão interditadas por uma semana ainda serão divulgadas.

Houve registro de quebra do protocolo de isolamento em pelo menos cinco praias:
Piatã, Itapuã, Amaralina, Boa Viagem e Cantagalo.
“Não dá pra ter guarda municipal em 64 quilômetros de praia, todos os dias da semana, de manhã, de tarde, de noite, de madrugada. Temos que fazer o que fizemos neste final de semana, um operação móvel, volante. Quando o guarda chega, vê que há descumprimento, faz a retirada das pessoas nas praias”, disse o prefeito sobre a fiscalização.
Desde a última segunda, a prefeitura permitiu que as praias de Salvador voltassem a ser frequentadas, mas somente de segunda a sexta.

“Eu sempre disse que infelizmente o erro e a irresponsabilidade de alguns acaba trazendo a penalidade para todos, para o coletivo. Como a gente também não vai ficar ameaçando banhista, não vou permitir que isso aconteça. A gente conversa, pede para que as pessoas se retirem, mas cada um precisa exercer a sua consciência”, concluiu.Contudo, nesse primeiro momento, o Porto da Barra, as praias do Buracão e a Paciência, no Rio Vermelho, continuam fechadas. Na Barra, os banhistas podem frequentar somente a praia do Farol até o Barravento. Já São Tomé de Paripe, Tubarão, Ribeira, Amaralina e Itapuã estão liberadas de terça a sexta. O horário é livre nos dias liberados para todas as praias.
Relembre o que pode e não pode fazer na praia por enquanto:

Neste domingo, para driblar o decreto da Prefeitura, que impede os banhistas de ficarem na areia, algumas pessoas sentaram no gramado – na parte do Cristo e no Forte de Santa Maria. Como observado pelo CORREIO, a maior parte cumpriu as orientações das autoridades de saúde de manter o distanciamento mínimo de 1,5m, apesar de não usarem máscaras
‘Jeitinho baiano’: banhistas trocam areia pela grama para driblar decreto na Barra
O que pode? – Ir em qualquer horário de segunda à sexta. As exceções são as praias abertas de terça a sexta (São Tomé de Paripe, Tubarão, Ribeira, Amaralina e Itapuã) e as praias fechadas: Porto da Barra, Buracão e Paciência; – Ficar na areia usando máscara e respeitando distanciamento de 1,5m por banhista, tomar sol, cair na água; – Comércio na calçada para quem tem o ponto; – Atividade esportiva individual ou em dupla;
O que não pode? – Ficar sem máscara na areia; – Comércio na faixa da areia; – Levar cadeira, guarda-sol ou isopor para a praia; – Eventos em geral: piqueniques, luaus e qualquer coisa que gere aglomeração; – Frequentar as praias do Porto da Barra, Buracão e Paciência; – Frequentar as praias de São Tomé de Paripe, Tubarão, Ribeira, Amaralina e Itapuã em dias de segunda, finais de semana e feriados; – Frequentar qualquer praia em finais de semana e feriados.

Fonte: Correio24horas

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Réveillon cheio: destinos do Litoral Norte lotam e aumento nos preços ultrapassa 200%

28 de Setembro de 2020, 13:35, por Adital

Ainda restam mais de 90 dias até o fim de 2020, mas quem começou a planejar a virada do ano no Litoral Norte da Bahia só agora pode encontrar dificuldade. Famosas por receberem baianos e turistas para o Réveillon, praias como Guarajuba, Itacimirim, Arembepe e Praia do Forte já contam com a maioria de seus imóveis ocupados para o período. Os preços do que ainda resta, segundo especialistas, estão bem maiores do que no passado, podendo ultrapassar 200% de aumento.

“Esse é um ano atípico. Por causa da pandemia, muitos proprietários resolveram ficar nas casas para ter essa opção de lazer então a oferta de casas disponíveis diminuiu. O que sobrou para alugar acabou subindo bastante de preço”, explica a corretora Adriana Santiago, especialista em aluguéis de temporada no litoral há mais de 10 anos.
A profissional conta que, justamente pela mudança na quantidade de oferta, inclusive a forma de cobrança foi modificada. “Em anos anteriores a gente conseguia fechar pacotes de 5 a 10 noites e negociar um preço mais em conta. Agora os pacotes não estão sendo oferecidos, a cobrança tem sido por diária”, explica. Segundo Adriana, os valores por noite variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil a depender da praia escolhida. No comparativo, um pacote de 8 noites em 2019 poderia ser fechado por R$ 5 mil reais e hoje pode variar entre R$ 8 e R$ 16 mil, o que representa um aumento de até 220%.
Além da diminuição da procura, outra modificação é causada pelo cenário atual. “A pandemia gerou ainda um tipo diferente de cliente. Gente que por estar trabalhando em casa queria ter a opção de ir para um lugar para relaxar, para que os filhos ficarem mais à vontade. Ir para um lugar mais aberto, então além de quem tem o imóvel não estar disponibilizando, muito contrato anual foi fechado para que as pessoas tivessem essa opção de lazer”, diz Adriana, que é conselheira e diretora do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-Ba).

A mudança de comportamento extrapola o período de Réveillon e já vem sendo sentida pelas empresas do setor desde o meio do ano. A OR – braço imobiliário do Grupo Odebrecht – registrou nas diárias do seu empreendimento, o Quintas Private Residences, situado na região de Sauípe, um aumento de procura superior a 1.000% em relação ao mesmo período do ano passado para aluguel. “A pandemia acabou gerando uma mudança na forma em que as pessoas se relacionam com suas casas. Passamos da praticidade, do desejo por um apartamento funcional e prático, para a necessidade de maiores espaços, com área externa e as casas acabaram sendo muito procurada. O Litoral Norte ainda tem a vantagem de os condomínios oferecerem equipamentos como piscina, varandas, espaço gourmet, possibilitando às pessoas a viverem, dentro daquele espaço uma vida normal”, opina Daniel Sampaio, diretor superintendente da OR   “Esse é um movimento linear que deve se estender para além do Réveillon, até que se encontre segurança e uma nova estabilidade para lidar com o vírus.   Foi algo que começou depois dos primeiros meses de isolamento, quando passou aquele susto inicial e as pessoas começaram a aprender como conviver com a situação de alguma forma com a situação e deve seguir”, completa Daniel, que já conta com ocupação alta no Ano Novo para o empreendimento de Sauípe.
Usar o próprio imóvel para se isolar em um lugar mais aberto foi justamente a escolha  da aposentada Maria José Gomes, 64 anos, que tem um apartamento em um village em Praia do Forte. “Esse ano decidi que queria ter a casa a disposição da família. Como estamos todos respeitando o isolamento dá para irmos juntos ficar um pouco lá para mudar de ares. Até cogitei alugar no ano novo, mas acabamos decidindo por manter essa opção para gente também. Assim a família pode fazer algo diferente sem se colocar em risco”, explica.
Pesquisa de preços O CORREIO realizou uma simulação para o pacote que, segundo os corretores, é o mais buscado: 8 noites, desde o último final de semana de 2020 até o domingo após a virada, em duas das praias mais procuradas: Guarajuba e Praia do Forte.

Em um dos principais sites de aluguel de temporada, o Airbnb, se a escolha fosse ir para Praia do Forte, seria necessário desembolsar entre R$ 926 e R$ 1.250 por noite. A busca do site, que oferece 270 opções para o período, chega a incluir na lista opções em locais próximos como Itacimirim e a sugerir buscas em Costa do Sauípe. A grande procura pelo local é destacada pela plataforma: “As buscas por essas datas aumentaram até 250% em comparação com a média dos últimos 6 meses”.
Em Guarajuba, a variação no preço da diária pode passar dos R$ 2 mil. É possível encontrar acomodação para cinco adultos variando de R$ 590 até R$ 2.638 a noite. Para a praia característica pela predominância de casas – que tem os preços mais caros que apartamentos – o site mostra um total de 161 opções, também incluindo imóveis nas proximidades.
“Desde maio, observamos no Airbnb um crescimento da procura por casas de campo ou em cidades menores de praia em destinos a até 300 km de centros urbanos, para ir de carro com a família e ficar mais perto da natureza, sem abrir mão do isolamento”, informou a Airbnb em nota enviada ao CORREIO.

Período importante  O período de Ano Novo é, segundo a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur), um dos mais importantes do ano para o setor. Segundo dados recolhidos em 2019, entre o Réveillon e a primeira semana de janeiro, vários destinos trabalharam com a taxa de ocupação hoteleira entre 90% e 95%, com picos de 100% no Réveillon.
A pasta reconhece, contudo, os impactos causados pela pandemia. “O vírus ainda está circulando, nos noticiários todos os dias são mostrados destinos no exterior que estão tendo que retomar os cuidados, até mesmo suspender as atividades de alguns lugares por voltar a crescer o número de pessoas infectadas após um certo período de reabertura. Há a expectativa se haverá uma vacina, então, são vários fatores que vão influenciar na decisão de viajar ou não no Réveillon”, diz a Setur também em nota.
Segundo a pasta, destinos como Salvador, Porto Seguro, Praia do Forte, os resorts do Litoral Norte, Morro de São Paulo e Itacaré são sempre muito procurados durante o período. “Vale lembrar que este ano é um ano atípico, não estão previstas festas de virada de ano nos modelos que conhecíamos até hoje”, destaca a nota.

 

Praia do Forte A praia localizada no município de Mata de São João é justamente uma das mais requisitadas quando o objetivo é encontrar um lugar para a virada do ano. Enquanto Arembepe atrai, segundo os profissionais da área, soteropolitanos em sua maioria, e Guarajuba acaba recebendo turistas de Minas Gerais e Brasília, Praia do Forte tem o público mais heterogêneo, recebendo pessoas de Salvador que se misturam com paulistas, mineiros, cariocas e até estrangeiros em busca de algo em comum: conforto.
“Os aluguéis um pouco mais caros são os que acabam esgotando primeiro, casas onde o condomínio já tem bastante estrutura por exemplo você não encontra mais. O mercado tá realmente absorvendo esse pessoal que quer sair de casa, a procura está realmente bastante grande, tanto para o réveillon, quanto para finais de semana avulsos. Como as pessoas ficaram recolhidas muito tempo e Praia do Forte está com a praia liberada, elas têm buscado esse lazer, isso acaba sendo valorizado”, explica Vítor Hugo Knack, presidente da Associação Comercial e Turística da Praia do Forte (Turisforte)
O representante destaca, porém, que o movimento chegou com certo atraso. “Apesar da procura, foi um movimento mais lento, atrasado em relação ao ano passado porque as pessoas estavam meio aguardando o que ia acontecer, ver como a situação do vírus ia se comportar. Existe um otimismo de que a coisa já vai estar mais controlada, então em razão disso é que a procura pro Réveillon tem crescido, com alguns hotéis que já estão até lotados”, diz Vitor Hugo, lembrando que com 90 dias de antecedência, em anos anteriores, a Praia do Forte já estava completamente ocupada.
Quem sentiu a  diferença foi a aposentada Maria Amorim, 64 anos, que ainda não encontrou inquilino para fechar o contrato do aluguel da virada. “O Réveillon é uma época importante para mim. Com esse aluguel eu já consigo cobrir todas as despesas fixas do imóvel, como condomínio e IPTU. Geralmente no meio do ano já tenho a cliente fechada. Como o pacote é grande, fecho com antecedência para que o pagamento fique facilitado para a pessoa. Esse ano ainda estou em negociação”, conta.
Para a prefeitura de Mata de São João, a expectativa é alta. “Dadas as circunstâncias, são as melhores possíveis. Pelo fluxo de visitantes nesse momento de retomada das atividades turísticas em nosso Litoral e dado que estamos em período de baixa estação, esperamos ser surpreendidos com um número significativo de turistas e visitantes para o próximo verão. Claro, todos respeitando os protocolos de segurança para previnir novos casos da Covid19 na cidade. Estamos estudando formatos de comemoração pela chegada de um novo ano, compatíveis com as medidas de contenção da curva de contágio aqui em Mata. Não podemos deixar de celebrar a renovação da esperança em cada ano que se inicia”, diz o prefeito João Marcelo Oliveira.
O gestor municipal acredita, ainda, que a baixa em relação ao ano anterior será menos brusca do que se previa nos primeiros meses de pandemia. “O ano passado, 2019, foi bom para o turismo aqui em Mata de São João. Este ano, carregamos o fardo dessa pandemia e, enquanto não houver uma vacina comprovadamente eficaz, tudo dependerá do comportamento da curva de contágio. Se essa se mantiver nos parâmetros atuais, acreditamos que a queda no movimento turístico pode ser menor do que o previsto”, finaliza Oliveira.
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro

Fonte: Correio24horas

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Mesmo sem vacina, COI garante Olimpíada em Tóquio em 2021

28 de Setembro de 2020, 13:35, por Adital

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, ficou animado, neste fim de semana, durante a disputa do Campeonato Mundial de Ciclismo, em Ímola, na Itália, e afirmou que os Jogos Olímpicos de Tóquio, ano que vem, serão disputados mesmo que uma vacina contra a covid-19 não seja encontrada antes da abertura. “O sucesso do Tour de France (encerrado há oito dias) e do Campeonato Mundial de Estrada da União Internacional de Ciclismo (UCI) dão ao COI muita confiança. Isso nos deixa muito confiantes porque vimos nos últimos meses que é possível grandes eventos esportivos em um ambiente seguro (com público), mesmo sem vacina”, afirmou Bach, que se irritou quando perguntado por um jornalista sobre os “Jogos da Pandemia”. “Não serão os Jogos da Pandemia, eles serão os Jogos adequados para o mundo pós-corona. Temos que nos adaptar ao novo mundo em que vivemos. Isso vai ter uma influência nos Jogos, mas eles vão manter o caráter de unir o mundo inteiro. Você verá e sentirá o espírito olímpico em Tóquio, mas adaptado ao novo mundo em que vivemos”, disse o dirigente. Prevista para ser disputada em 2020, a Olimpíada de Tóquio foi adiada para o ano que vem, entre 23 de julho a 8 de agosto.

Fonte: Correio24horas

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Michelle Bolsonaro se queixa de ‘piadas infames em redes sociais’ à Polícia Civil

28 de Setembro de 2020, 13:35, por Adital

A primeira-dama Michelle Bolsonaro compareceu ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo na quinta (24) para ratificar uma queixa-crime apresentada em razão de supostas ‘ofensas e piadas infames em redes sociais’, que teriam colocado ’em xeque sua fidelidade, integridade, correção e decoro’.

“Que conquanto as aleivosias sejam obviamente mentirosas, o dano reputacional à imagem e à honra é indiscutível e irreparável, tendo a declarante, por tais motivos, ficado extremamente abalada, assim permanecendo até os dias que correm, justamente porque esses comentários são acessados em fácil pesquisa nas redes sociais. […] Que quer ver processados e responsabilizados penalmente os seus ofensores tão logo sejam identificados e informa que representará contra cada qual assim que suas qualificações estiverem devidamente delineadas nos autos”, registra o termo de oitiva de Michelle.
Segundo a mulher do presidente Jair Bolsonaro, tais ofensas seriam repercussão de um texto publicado sobre sua relação conjugal.

Fonte: Correio24horas

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Texto usa erroneamente dados preliminares para ligar queda de homicídios a aumento de armas de fogo

28 de Setembro de 2020, 13:35, por Adital

Conteúdo verificado: Publicação em site que divulga uma análise do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes), na qual o autor relaciona a queda de homicídios no Brasil com a alta do registro de armas de fogo durante os últimos anos. É enganosa uma publicação segundo a qual o Brasil teve, em 2019, o menor índice de homicídios por armas de fogo desde 1999 e que isso ocorreu a despeito do aumento do número de armas de fogo em circulação.

O texto é baseado em um estudo, de responsabilidade do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes, uma organização independente e sem relação com o governo), que compara dados preliminares com dados consolidados – um erro metodológico – e não leva em conta diversos aspectos relevantes para correlacionar números de armas vendidas com números de homicídios.
Os assassinatos com arma de fogo, de acordo com documentos consultados pelo Comprova, ainda são uma parcela significativa do total de homicídios no Brasil, mas seu crescimento vem desacelerando desde que o Estatuto do Desarmamento entrou em vigor, em 2003. Além disso, especialistas afirmam que o efeito do maior número de armas só poderá ser avaliado a médio e longo prazos.
O autor do artigo do Cepedes não considera nenhum dos aspectos listados acima. A análise se apoia em números oficiais, mas preliminares. O próprio Ministério da Saúde, órgão responsável pelas informações, afirmou ao Comprova que “os dados de óbitos levam dois anos para serem consolidados” e que “não é correto comparar dados fechados com preliminares”.

Os dados consolidados mais recentes disponibilizados pelo Datasus são referentes a 2018. Eles são utilizados por pesquisas como o Atlas da Violência, feito por especialistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), lançado no final do mês de agosto.
Como verificamos? A verificação começou com a busca das informações que embasam a análise feita pelo Cepedes. O próprio autor do estudo, Fabrício Rebelo, destaca que utiliza “dados preliminares” do ano passado, disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
Por meio do Datasus, foram levantados os números de óbitos nas 12 categorias relacionadas a armas de fogo, chegando ao total preliminar de 2019. Na mesma página é possível levantar as mortes por tais causas ocorridas durante os anos anteriores.

No que diz respeito ao armamento da população, o Projeto Comprova entrou em contato com a Polícia Federal, que disponibilizou o número de registros de armas de fogo feitos no país desde 2009 – com uma categoria específica relacionada a pessoas físicas.
Além de consultas ao Atlas da Violência de 2020 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram ouvidos quatro especialistas: Luiz Cláudio Lourenço, do Laboratório de Estudos sobre Crime e Sociedade da Universidade Federal da Bahia; Leonardo Carvalho, do Instituto Sou da Paz; Jose Ignacio Cano Gestoso, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj); e Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Verificação Os números Os dados levantados pelo Cepedes existem e estão disponíveis no site do Ministério da Saúde (MS), mas não são dados definitivos. Segundo o próprio ministério, os números de óbitos levam dois anos para serem consolidados e, por isso, não é correto comparar dados fechados com preliminares, como feito pelo artigo em questão.

Rebelo aponta, fazendo essa comparação, que os homicídios registraram a maior queda desde 1999 no Brasil, sobretudo os cometidos com arma de fogo. A queda, comparando os números preliminares de 2019 com os consolidados de 2018, seria de 26,65%, saindo de 41.179 registros de mortes intencionais com emprego de arma de fogo em 2018, para 30.206 em 2019 – ainda maior do que os 13,33% de queda no mesmo item comparando dados, agora consolidados, de 2018 com relação a 2017

 

O pesquisador usa esses resultados para falar que dois anos de uma série consolidada mostram recordes inversos: enquanto o número de homicídios com emprego de armas de fogo vem caindo, o número de vendas de armas vem subindo no mesmo período. “A relação entre armas legalmente postas em circulação e quantidade de homicídios se revelou inversamente proporcional”, afirma Rebelo, na conclusão do artigo.
Para especialistas ouvidos pelo Comprova, a conclusão é enviesada e não leva em conta o impacto do Estatuto do Desarmamento, de 2003, na queda do número de homicídios com emprego de arma de fogo.
Estatuto do Desarmamento Divulgado no mês de agosto deste ano, o Atlas da Violência 2020 tem um trecho dedicado ao número de mortes por armas de fogo. Os pesquisadores apontam dados que mostram como o Estatuto do Desarmamento, de 2003, foi fundamental para frear a escalada de homicídios que ocorria desde 1980 no Brasil.
De acordo com o Atlas da Violência, a taxa de homicídios por arma de fogo a cada 100 mil habitantes teve um crescimento médio de 5,8% entre os anos de 1999 e 2003; de 5,9% entre 1989 e 2003; e de 6% de 1980 a 2003. Nos quinze anos após o Estatuto (entre 2003 e 2018), a velocidade média de crescimento anual dessas mortes diminuiu para 0,9%.
Os pesquisadores concluem que, antes de 2003, quando foi sancionado o Estatuto do Desarmamento, “a velocidade de crescimento das mortes era cerca de 6,5 vezes maior do que a que passou a vigorar no período subsequente”. Apesar disso, não houve tanta alteração na velocidade de crescimento das mortes por outros meios, que não a arma de fogo.
O sociólogo Luiz Cláudio Lourenço, coordenador do Laboratório de Estudos sobre Crime e Sociedade, da Universidade Federal da Bahia (Lassos/Ufba), rejeita a declaração de que a venda de armas não tem efeito sobre as mortes por arma de fogo. “A finalidade da arma de fogo é matar. É como você falar que um explosivo não serve para explodir”, declarou.
Ignacio Cano, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), considera “oportunista” dizer que uma queda de homicídios em 2019 está ligada ao porte de armas.
Segundo Leonardo Carvalho, coordenador de projetos e pesquisador do Instituto Sou da Paz, também não há ainda um estudo que aponte que a política apoiada pelo governo federal, de liberação de mais armas para civis, redunde em mais segurança para a população.
“Não tem ainda nenhum estudo que mostre que esse tipo de iniciativa política redundou em mais segurança para a população. O que a gente teme é justamente o contrário, que mais armas redundem em mais violência. Para você ter causalidade, você tem que ligar uma coisa à outra, usar o dado isolado é uma falácia”, completa.
Na edição de 2020, o Atlas da Violência reafirma uma conclusão já consolidada em edições anteriores e bastante debatida na publicação do ano passado: a de que a flexibilização da política de acesso a armas e munição tem uma forte influência no aumento dos índices de crimes violentos letais intencionais, os chamados CVLIs.
Venda de armas de fogo O artigo de Rebelo cita números corretos de registros de novas armas de fogo no País. O autor usou como fonte uma reportagem do jornal O Globo, que indicou alta de 24% entre o número de armas novas registradas de janeiro a novembro de 2019 e todo o ano de 2018. No período coberto pela matéria, o presidente Jair Bolsonaro editou oito decretos sobre posse de armas de fogo que facilitaram o acesso da população a revólveres e pistolas.
O Comprova também analisou os dados de registros de armas de fogo fornecidos pela Polícia Federal. No total, o número de armas novas registradas por pessoas físicas em 2019 foi de 61.821, um salto de 67% em relação ao ano anterior. Em nosso levantamento, consideramos armas compradas por cidadãos comuns, servidores públicos e caçadores de subsistência. Todas essas categorias estavam englobadas na nomenclatura “pessoa física” em 2018.
O aumento no número de registros de novas armas de fogo em 2020 deve ser ainda maior. Considerando apenas o período de janeiro a maio — meses dos dados mais recentes disponibilizados pela Polícia Federal — a alta neste ano é de 184%, em comparação com o mesmo período de 2019.
Dos civis para o mercado ilegal Segundo Leonardo Carvalho, do Instituto Sou da Paz, quanto mais armas circulando, mesmo que legalmente, maior a chance de elas irem parar no mercado ilegal. O efeito disso não vai ser visto imediatamente. “Essas armas que estão hoje no mercado legal, de repente são subtraídas e vão parar no mercado ilegal. A vida útil dela vai de 60 a 80 anos”.
“Se você tira a arma de circulação, acabou. Mas enquanto ela está circulando, ela está sendo usada. A gente já viu apreensão de arma da Segunda Guerra Mundial. Com o avanço tecnológico, tem armas com uma vida útil muito grande”, completa Leonardo. Ou seja, o impacto da circulação dessas armas sobre os dados de letalidade ainda vai demorar um pouco a aparecer.
É uma conclusão parecida com a do professor Ignacio Cano, da Uerj. “As armas que estão sendo difundidas vão provocar violência a longo e médio prazo. O impacto dessas armas não se mede a curto prazo. Quanto mais armas circularem no mercado formal, mais armas vão aparecer no mercado ilegal e mais baixo vai ser o preço dessas armas no mercado ilegal”, explica.
Números preliminares Embora os números apresentados por Fabrício Rebelo existam e estejam disponíveis no site do Ministério da Saúde, eles são ainda preliminares. Pesquisadores ouvidos pelo Comprova não recomendam o uso destes para fazer comparações, uma vez que pode haver variação até a consolidação, em um prazo de dois anos.
O Comprova questionouRebelo quanto ao uso de dados preliminares. Ele afirmou que as informações do Datasus apresentam “variação mínima entre a divulgação preliminar e os definitivos”. Leonardo Carvalho, do Instituto Sou da Paz, considera a posição de Rabelo “bem equivocada”.
Carvalho explica que o Datasus libera dados preliminares “como uma medida de engajar os estados” e afirma que “nenhum estudo sério considera esses dados”. Segundo Ignacio Cano, os números não costumam variar muito nacionalmente, mas podem apresentar discrepâncias regionais. Leonardo Carvalho exemplifica: “Pelos dados preliminares do Datasus, o Rio de Janeiro teria uma redução de 56% de mortes por arma de fogo e 54% no total, comparando 2019 a 2018. Eu queria muito que fosse verdade, mas não vai ser. Historicamente, o RJ e nenhum outro estado teve uma queda tão grande de um ano para outro”.
Daniel Cerqueira, que é técnico de planejamento e pesquisa na Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest) do Ipea e coordenador do Atlas da Violência 2020, ressaltou que não existem dados revisados do Ministério da Saúde sobre óbitos de 2019.
“Os dados de óbitos que os estados começam a enviar preliminarmente referentes a 2019 estão muito longe de serem adequados para análise, porque existem muitas informações que precisam ser checadas pelo MS, principalmente a causa básica da morte (se foi agressão, violência auto infligida ou acidente). É um trabalho difícil e cuidadoso que o MS faz, motivo pelo qual demora quase dois anos para liberar os dados oficiais revisados”, destacou Cerqueira. Para ele, o pesquisador que faz análise com dado preliminar está cometendo um “erro grosseiro” e, por isso, “qualquer análise dessa natureza não pode ser levada a sério”.
Leonardo Carvalho defende o uso dos números do Datasus, mas diz que é preciso aguardar a publicação dos dados definitivos. “O Datasus é uma referência para a gente falar de homicídio no país, é uma metodologia conhecida e que está rodando desde a década de 1970. Mas você não vai ver nenhum estudo sério usando dados preliminares”, afirma.
VEJA ESPECIAL MIL VIDAS, DO CORREIO, SOBRE HOMICÍDIOS EM SALVADOR E REGIÃO METROPOLITANA
Qualidade dos dados Há duas fontes de dados principais no Brasil usadas para tratar de números da violência: o Datasus, do Ministério da Saúde, e os dados enviados pelas secretarias estaduais de Segurança Pública, com números de crimes. Para pesquisadores, no entanto, os números do Datasus são os mais consistentes e confiáveis, já que têm abrangência nacional e são alimentados seguindo uma mesma metodologia – o que não acontece com a contabilização dos estados.
Apesar disso, segundo texto publicado no Atlas da Violência, até mesmo os números do Datasus têm perdido qualidade por causa do não preenchimento correto das informações sobre vítimas e incidentes e, sobretudo, porque em alguns casos não se consegue estabelecer a causa básica do óbito ou a motivação que gerou o fato. Ou seja, não dá para dizer se a pessoa cometeu suicídio, foi vítima de acidente de trânsito ou de uma agressão por terceiros ou por intervenção legal (homicídios).
“Nesse caso, o óbito fica classificado como uma morte violenta com causa indeterminada (MVCI), e a sociedade e o Estado ficam sem saber por que o cidadão morreu. Com isso, muitos casos de homicídio ficam ocultados, fazendo com que o principal termômetro da violência letal nos estados deixe de funcionar adequadamente. Entre 2017 e 2018, o número de MVCI aumentou 25,6%”, aponta o Atlas da Violência.
O Atlas considera alguns resultados “escandalosos”. Por exemplo, a taxa de MCVI em São Paulo em 2018 foi de 9,4 para cada 100 mil habitantes, enquanto a taxa de homicídios foi menor, de 8,2 para cada 100 mil habitantes. Em publicação de 2013, Daniel Cerqueira, coordenador do estudo, estimou que, no Brasil, “73,9% das MVCI eram, na verdade, homicídios que ficaram ocultos, em face do desconhecimento da informação correta”.
O autor e a página Coordenador do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes) e autor do artigo verificado, Fabricio Rebelo já foi diretor do Movimento Viva Brasil, que se descreve como “associação civil sem fins lucrativos em defesa do direito de possuir e portar armas” e é presidido por Bene Barbosa, um dos principais nomes contra o desarmamento da população no Brasil. Tratando-se como amigos, os dois já realizaram palestras juntos em prol do armamentismo, em um evento realizado em fevereiro deste ano em Mato Grosso do Sul.
Questionado pelo Comprova, Rebelo declarou que não considerou o aumento de mortes por causas violentas indeterminadas ao analisar a evolução de homicídios por arma de fogo. Ele argumentou que “os dados analisados são objetivos, considerando as variações diretas dos indicadores disponibilizados no Datasus”. Rebelo disse ainda que “a pesquisa não busca causas ou determinantes sociais, mas, apenas, evidenciar que a relação ‘armas x homicídios’ é imprópria”. Os demais especialistas consultados nesta verificação criticaram a ausência de contexto dos dados.
Já o site Senso Incomum, que divulgou o artigo, se coloca como publicador de “notícias e opiniões contra a corrente”. No entanto, essa não é a primeira vez que a página publica conteúdos problemáticos. No último dia 15 de setembro, a página compartilhou uma informação enganosa sobre a inconstitucionalidade do voto impresso, que chegou a ser verificada e esclarecida pelo Projeto Comprova.
Por que investigamos? Na terceira fase, o Projeto Comprova verifica conteúdos relacionados à covid-19 e a políticas públicas do governo federal. Informações falsas ou enganosas como a checada acima são prejudiciais à sociedade e contribuem para uma interpretação distorcida da realidade.
No conteúdo verificado, a relação equivocada entre a queda de homicídios e a alta de registros de armas de fogo pode afetar discussões de temas importantes à sociedade, como segurança pública. Incluindo Facebook e Twitter, as publicações foram curtidas por cerca de 2,5 mil pessoas.
No ano passado, o Projeto Comprova fez duas verificações semelhantes. A primeira de um artigo que enganava os leitores ao vincular o maior número de armas a menores índices de violência, por meio de estatísticas incompletas do Brasil e dos Estados Unidos. Já a segunda, de uma publicação enganosa que atribuía melhorias nos índices de segurança ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo que usa dados imprecisos, que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.
*Esta checagem foi postada originalmente pelo Projeto Comprova, uma coalizão formada por 29 veículos de mídia, incluindo o CORREIO, a fim de identificar e enfraquecer as sofisticadas técnicas de manipulação e disseminação de conteúdo enganoso que surgem em sites, aplicativos de mensagens e redes sociais. Esta investigação foi conduzida por jornalistas do CORREIO, Poder 360, A Gazeta e Estadão, e validada, através do processo de crosscheck, por quatro veículos: Folha, Gaúcha ZH, UOL e piauí.

 

Fonte: Correio24horas

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Tenho as minhas convicções, mas sou ministro de todos, diz Milton Ribeiro

28 de Setembro de 2020, 13:34, por Adital

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, tentou se justificar neste domingo (27) em relação a uma entrevista que deu ao jornal Estado de S. Paulo em que fez declarações homofóbicas. Na conversa, Ribeiro disse que gays vêm de “famílias desajustadas”.

Ontem, durante viagem a Londrina, no Paraná, ele afirmou que tem suas “próprias convicções” sobre o tema, como pastor, mas é “ministro de todos”.
“Naturalmente eu tenho minha liberdade também de opinião e ali eu estava me referindo não propriamente aos adolescentes, mas às crianças. Eu respeito muito as opções como ministro de estado. Como pastor eu tenho minhas próprias convicções, mas, como ministro de estado, eu sou ministro de todos”, afirmou Ribeiro, que visitou a nova sede do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra um inquérito para investigar crime de homofobia, baseando-se na declaração que foi publicada no jornal “O Estado de S. Paulo”.

 

Na entrevista, Ribeiro foi questionado sobre educação sexual ensinada em aulas – ele disse que era importante para evitar gravidez precoce, mas afirmou que questões de gênero e homossexualidade não deviam ser debatidos. Relacionou então os homossexuais a “famílias desajustadas”.
“Acho que o adolescente, que muitas vezes, opta por andar no caminho do homossexualismo (sic), tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato, e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”, disse o ministro.
Em nota de esclarecimento publicada no sábado, ele afirmou que sua fala foi interpretada “de maneira descontextualizada” e que nunca teve intenção de discriminar ou inventivar a discriminação de ninguém.

Fonte: Correio24horas

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Sem carne, leite e pão: crise de fome abala América Latina

28 de Setembro de 2020, 13:34, por Adital

(Bloomberg) – Ele não podia alimentar a família. Matilde Alonso sabia que era verdade, mas não conseguia acreditar. A pandemia havia acabado de atingir a Guatemala com força total e Alonso, operário da construção de 34 anos, de repente ficou desempregado.Ele ficou pensando sozinho até tarde da noite, a mente dando voltas e não conseguiu conter as lágrimas. Tinha seis bocas para alimentar, nenhuma renda e nenhuma esperança de receber nada além dos poucos cheques de auxílio emergencial – cerca de US$ 130 – do governo já com poucos recursos.Hoje, disse Alonso, o café da manhã, o almoço e o jantar parecem todos iguais em sua casa em El Jocotillo: talvez uma tortilha com sal; talvez uma tortilha com feijão; talvez uma tigela de arroz com feijão. “Costumávamos comer carne. Agora, não há carne. Costumávamos comer frango. Agora, não há frango. Bebíamos leite. Agora, não tem leite.” Até o pão, disse, está fora do cardápio.

Para dezenas de milhões como Alonso, a pandemia expôs a fragilidade do status econômico no mundo todo. De muitas maneiras, em nenhum lugar isso ficou mais evidente do que na América Latina, onde o ressurgimento da pobreza trouxe um círculo vicioso de fome em uma região que supostamente teria erradicado esse tipo de desnutrição há décadas.De Buenos Aires à Cidade do México, famílias têm pulado refeições e trocado produtos frescos por alimentos ricos em amido e açucarados. Mesmo no Chile, uma história de sucesso no mundo em desenvolvimento, alguns bairros têm recorrido às cozinhas comunitárias em um retrocesso à era da ditadura dos anos 1980.O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas estima que países latino-americanos e caribenhos em que opera devem registrar aumento de cerca de 270% no número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar grave nos próximos meses.Esse aumento – de 4,3 milhões antes da pandemia para 16 milhões – provavelmente será o mais acentuado do mundo e mais do que o dobro da taxa de crescimento global estimada, disse por telefone Norha Restrepo, porta-voz do PMA no Panamá.A pandemia tornou a estabilidade econômica ainda mais precária, e milhões agora fazem a mudança impensável de uma vida relativamente confortável para não saber de onde virá a próxima refeição.“A diferença entre ser pobre e ficar pobre é brutal”, disse José Aguilar, fundador da Reactivemos La Esperanza, que ajuda 100 famílias na Costa Rica e tenta alcançar mais pessoas. “Quando você é de classe média e tem comida, acesso à educação, está acostumado a uma certa qualidade de vida e de repente isso é tirado de você sem ser sua culpa, isso impacta muito as famílias.”

“Esta crise econômica e de saúde está apenas começando e resultará no maior número de pessoas vivendo com escassez de alimentos nos últimos tempos”, disse Maria Teresa Garcia, que dirige o Bancos de Alimentos de México, uma instituição de caridade alimentar. “Esta crise vai deixar uma marca por muito, muito tempo.”Como a maior parte do mundo, a fome que atinge a América Latina nada tem a ver com oferta insuficiente. Na verdade, a região é uma potência agrícola, com planícies férteis e vales que produzem grãos, frutas e proteínas que ajudam a alimentar o mundo.Na maior parte, a ajuda dos governos é superada em muito pela necessidade, mesmo que alguns países decidam implementar pacotes de estímulo de amplo alcance. O governo brasileiro, por exemplo, iniciou um programa de auxílio emergencial em dinheiro tão ambicioso que contribuiu para temporariamente reduzir os indicadores de pobreza extrema para mínimas históricas a nível nacional.Mas esse programa expira no fim do ano e é muito caro do ponto de vista fiscal para continuar. Na maioria dos países, os pagamentos são limitados e as pessoas gastam todo o dinheiro que recebem para cobrir custos de moradia, água e luz. Frequentemente, sobra pouco para comida.

 

Fonte: InfoMoney

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