Não é só o tráfico de drogas que rende altos lucros para Johnny Bravo, o traficante que comanda a Rocinha no Rio de Janeiro.
Uma forma de ganhar dinheiro encontrada por ele é extorquindo motoristas que realizam transporte alternativo na favela, como motoristas de aplicativos, vans e motoboys. Segundo a TV Globo, a quantia arrecadada através deste “imposto” chega a quase R$ 800 mil por mês.
Motoristas de aplicativos precisam pagar para subir a comunidade levando moradores. As 23 Kombis que rodam no Vidigal, outra região dominada por ele, desembolsam R$ 100 por semana, cada uma.
Mas o grosso do lucro sai da quantia paga pelos motoboys, sendo 286 pagando R$ 90 semanais no Vidigal; e 1.244 pagando R$ 100 para trabalhar na Rocinha.
Mas a maior parte da renda fica por conta a circulação das motos entre as comunidades: de acordo com informações de inteligência da polícia, são 286 no Vidigal, pagando R$ 90 semanais; e outros 1.244 motoqueiros pagando R$ 100 para rodar dentro da Rocinha.
Mas as formas de ganhar dinheiro da quadrilha não param por aí. Multifuncionais, eles também oferecem serviços, como o “gatonet” (TV à cabo pirada), controle dos pontos de distribuição de internet, além da extorsão a donos de barracas no entorno e dentro da favela e ao comércio de gás.
Para se ter ideia, a Rocinha tem o botijão mais caro das favelas da cidade, chegando a custar R$ 100, diz a TV Globo.
“Muitos moradores que têm carro tentam comprar o botijão em outras favelas, como Rio das Pedras, onde ele custa menos de R$ 70, mas eles são ameaçados quando são descobertos que estão comprando fora”, contou um morador.
Até para “pegar o baba” os moradores e visitantes do local precisam abrir a carteira. O campo de futebol no alto do Vidigal, que em tese é público, foi tomado pelo bando e o aluguel está saindo por R$ 300.
Traficante metrossexual John Wallace da Silva Viana é extremamente vaidoso, tanto que recebeu o apelido de Johnny Bravo. Mas toda a produção e o rostinho bonito escondem que Johnny, de fato, é bravo. Segundo o jornal Extra, o chefe do tráfico da Rocinha, apesar do metrossexualismo, não gosta de mostrar seu estilo ao mundo, se recusando a tirar fotos. Além disso, é considerado extremamente perigoso e vingativo.
Para quem fica atraída(o) por ele, mostra seu lado galã. Para os inimigos que o ameaçam, a sentença dada por ele é a morte.
O último nome que entrou na lista negra do Bravo é o autor de imagens em que o traficante aparece curtindo um baile funk ao lado de marginais que, armados com 22 fuzis, faziam sua escolta.”Quem gravou a equipe do Bravo na Rocinha no baile vai morrer. quem estava do lado de quem estava gravando vai ser cassado para falar como a pessoa era, entendeu?”, diz, segundo o Extra, mensagem postada em redes sociais pela quadrilha.
Em uma de suas poucas fotos obtidas pela polícia ele, claro, aparece ousando no look: um colar precioso, anéis, roupa preta e um fuzil para dar o toque final.
No anel utilizado por ele aparecia o nome Rogério 157, o traficante Rogério Avelino da Silva, preso em 2018 e condenado a 32 anos de prisão. Mesmo preso na penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia, ele continua dando as cartas na Rocinha.
Rogério 157 destituiu do poder José Carlos de Souza Silva, o Gênio, e colocou em seu lugar Jhony Bravo e Leandro Pereira da Rocha, o Bambu, acusado de ser o pivô da morte de um policial em 2018.
“Jhony Bravo é um dos piores traficantes de quem eu já tive notícia. Durante a guerra da Rocinha entre o Nem (Antônio Francisco Bonfim Lopes) e o 157, Bravo e os seguranças dele foram os únicos que não saíram da comunidade. Mesmo com a intervenção do Exército e aquela quantidade toda de policiais, ele encontrou uma forma de permanecer na comunidade. É um traficante que tem uma cabeça de ’empresário’ e de ‘guerra’ ao mesmo tempo, o que é meio difícil de se ver. Geralmente, eles são um ou outro, mas ele tenta unir os dois lados. Jhony é o tipo de bandido que não posta nada, não gosta que tirem sua foto, é reservado e meio neurótico com o corpo. Gosta de malhar. Em cada um de seus esconderijos há uma mini academia de ginástica”, contou ao Extra uma fonte na polícia.
A fonte disse ainda que Gênio foi afastado por causa de sua relação ostensiva com a população da Rocinha.
“Ele agredia moradores, punha barricadas para controlar os acessos, chegava a pedir a identificação de pessoas. Na cadeia hierárquica do crime, Bravo era o 03 ou 04 sob o comando do 157, mas acredito que por questão de capacidade mesmo acabou assumindo. Bambu, ao que parece, é um idiota e no caso do soldado Mesquita quase foi preso. Nessa, o Bravo ganhou
Segundo o Portal dos Procurados, que oferece recompensa de R$ 1 mil para informações que levem ao traficante, em 2014 circulou uma informação de que Jhony Bravo teria saído do Brasil e fugido para a Suíça por desavenças com sua quadrilha. Essa não teria sido sua única viagem internacional: Jhony, que fala inglês, viajaria frequentemente para o exterior.
Fonte: Correio24horas
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