O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), em parceria com a Polícia Civil do DF, cumpre, na manhã desta quinta-fera (10/9), 46 mandados de buscas contra 16 pessoas. Os alvos são suspeitos de participar de um esquema de corrupção para desviar dinheiro da Saúde. As medidas estão sendo cumpridas no DF, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Goiás.Entre os investigados, estão os ex-secretários de Saúde do DF Elias Miziara e Rafael Barbosa, que atuaram na gestão Agnelo Queiroz (PT). As apurações se concentram em fraudes ocorridas entre os anos de 2009 e 2015. O desvio passa de R$ 123 milhões.Barbosa e Miziara (foto em destaque) foram denunciados pelo Gaeco em julho do ano passado, com mais 11 pessoas, por crimes de associação criminosa, peculato e fraude em licitação. Elas são acusadas de fraudes na Saúde, entre 2009 e 2014, em pelo menos seis contratos – que somam R$ 349,1 milhões. Eles chegaram a ser presos pela Operação Conteiner, deflagrada em abril do mesmo ano.A operação desta quinta-feira tem como base dados de compartilhamento judicial de provas obtidas no âmbito dos processos relacionados à atuação da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro.Mais sobre o assuntoDistrito FederalAlvos do MPDFT transferiram R$ 123 mi roubados da Saúde para cinco paísesOperação investiga fraudes na Saúde do DF entre 2009 e 2015. O dinheiro foi transferido para contas na Suécia, China, EUA, França e PolôniaGrande AngularTJDFT nega desbloqueio de bens da cúpula da Saúde presa na Falso NegativoBloqueio de R$ 18.632.283,39 atingiu conta de gestores e empresas investigadas por supostas fraudes na compra de testes da Covid-19Grande AngularMPDFT pede quebra de sigilo fiscal de investigados na Falso NegativoSolicitação incluiu, além dos integrantes da cúpula da Secretaria de Saúde, as empresas contratadas pelo GDFDistrito FederalSaúde troca subsecretário nomeado após prisões da Operação Falso NegativoEmmanuel Carneiro estava no cargo antes ocupado por Iohan Andrade Struck – alvo da investigação e que ainda não se entregou à políciaAs provas teriam revelado um esquema criminoso que se estendeu até o Distrito Federal e a outras unidades da Federação, especialmente por meio da “venda” de atas de registro de preço cadastradas pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.Veja quem são os alvos da operação batizada de Gotemburgo, que faz uma alusão à cidade de mesmo nome, segunda maior da Suécia, onde fica localizada a sede do Grupo Getinge, do qual faz parte a Maquet, empresa que foi agraciada com a maioria dos contratos formalizados com a Secretaria de Saúde e é líder mundial na fabricação de camas cirúrgicas.Rafael BarbosaRoberto José BittencourtIvan CastelliElias Fernando MiziaraJosé de Moraes FalcãoFlavio Rogério da MattaDaniel Veras de MeloRenato Lyrio de MelloEdcler Carvalho SilvaMiguel IskinGuatavo EstelittaGaetano SignoriniMarcia de Andrade Oliveira Cunha TravassosAndreia Estelita PerneClaudio Albuquerque HaidamusMariana EstelitaUm dos alvos da operação deflagrada nesta quinta, Miguel Iskin é um empresário que atua no ramo de produtos hospitalares e já havia sido preso anteriormente em operações da Polícia Federal. Ele foi denunciado sete vezes pela Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro por fraudes junto à Secretaria de Saúde.Em duas das denúncias, foi condenado a mais de 47 anos e 4 meses de reclusão. Há ainda uma oitava ação penal em curso na qual ele é réu a partir do compartilhamento de provas do MPF com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.Já o ex-subsecretário de Atenção à Saúde do governo Agnelo Queiroz Ivan Castelli foi acusado, em 2016, de usar as próprias empresas para prestar serviços ao GDF. Castelli também foi diretor do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e chegou a ser indicado para assumir a Secretaria de Saúde no início do governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), mas acabou recusando o convite.Em junho de 2016, a empresa Domed Produtos e Serviços de Saúde Ltda. foi contratada, por dispensa de licitação, para administrar 13 leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas de Ceilândia, destinados a pacientes da rede pública. O fato ocorreu durante o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB). O valor da terceirização é de R$ 28.064.824,45 anuais. Castelli seria um dos sócios da companhia. Ele negou à informação à época e disse que não havia ilegalidade na contratação das UTIs.
Fonte: Metropoles
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