Havia um tempo que ele me esperava
e nem ligava se a meteorologia errava a previsão do tempo e nem mesmo se a porteira estava fechada.
Havia um tempo em que o olho dele buscava minha presença no cheiro impregnado nas coisas. Não importava se fazia sol ou frio.
O olho dele era um menino errante na estradinha onde a curva desenhava o riacho.
Mudasse a estação ou as horas do dia, ele era presença de espera.
Mas quando surgiam os dias determinados pelo destino e minha ecoava o nome dele através da cerca a alegria fazia morada por ali.
Bastava dar um assovio e toda a traquinagem aparecia em forma de pelos e cor.
Havia um tempo em que nós cruzávamos as cercas em busca dos cogumelos e a floresta era nosso lugar preferido. Sabíamos que haveria de chegar o dia de partida e que a precisão do amor…
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