O problema do déficit público é urgente. Os problemas da inflação e do desemprego são urgentes. O problema da corrupção é urgente. A reforma da previdência é urgente. As alterações das regras do ensino médio são urgentes. Michel Temer, literalmente, colocou o país em estado de urgência. O verbo “colocar” é muito diferente do verbo “estar”, que fique bem claro. O verbo “colocar” exige um “responsável”, não é uma mera constatação da realidade, como no verbo “estar”. E se a realidade não constata tal situação do “estar”, existe um motivo para que o tal “responsável” classifique o cenário como urgente, nesse caso: a desculpa perfeita.
Raciocinem comigo, por favor. Qual a estratégia perfeita para colocar em prática um plano altamente questionável e antipopular (derrotado nas últimas eleições)? É simples: basta colocar um bode na sala. Como assim?
Uns dizem que a metáfora do “bode na sala” vem de uma antiga…
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