Friedrich Schelling (1775–1854, filósofo alemão)
Que distinção se pode fazer entre matéria e espírito?
A natureza, mesmo nos seus aspectos mais amorfos e materiais, é sempre inteligência inconsciente de si mesma. De fato, o que, senão um princípio espiritual, imaterial e inteligente, pode tornar possível a regularidade e a perfeição dos fenômenos naturais? Basta observar uma simples gota e perguntar-se que força intrínseca à matéria leva a água a assumir uma perfeita forma circular. Ou, então, basta analisar, segundo parâmetros de atração e repulsão recíproca, os fenômenos da química, do magnetismo e da eletricidade, as grandes novidades científicas do início do século XIX, que Schelling interpreta à luz de um pensamento sob muitos aspectos afim ao pensamento mágico. Efetivamente, a natureza também, enquanto Espírito visível, tem as suas simpatias, exatamente como o espírito humano, e pode verdadeiramente dizer-se uma Natureza invisível.
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