A idade avança, o progresso também. O velho abre espaço para o novo. Mas Clara, a protagonista de “Aquarius”, entende que um não vive sem o outro. Sabe que sua história está agarrada às paredes do edifício onde mora e não abre mão dela.
Para ela, por mais concretos que sejam os objetos eles também têm um sentido abstrato. Seja um simples LP de John Lennon ou o apartamento inteiro. Depende de quem olha e como enxerga.
Clara é uma mulher que valoriza a memória. Perdeu o marido e criou três filhos dividindo a atenção à família com sua paixão pela música. Sabe das escolhas que fez e não tem medo de enfrentá-las, porque foi a partir de seus caminhos que construiu a própria liberdade. Não sofre com o passado.
Cercada de uma atmosfera retrô, não vê problemas em tocar MP3. Mas sabe o que prefere e não abre mão disso. É social…
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