Por Guilherme Boulos
A temperatura política de janeiro dá os sinais do que será o ano. Ao que tudo indica, 2017 será bombástico e com desfecho imprevisível. As duas crises –institucional e social– herdadas do trágico 2016 devem atingir o paroxismo.
A delação da Odebrecht tinha sua homologação prevista para fevereiro. A se considerar o único dos 77 depoimentos que até aqui veio a público, o potencial explosivo para o governo Michel Temer e o conjunto do sistema político brasileiro é elevado.
A morte de Teori Zavascki pode mudar os rumos desta história. Não é possível, neste caso, descartar nenhuma hipótese. O contexto da morte, seu timing (poucas semanas antes do ministro homologar a delação) e o conhecido perfil duro de Teori, evidentemente levantam suspeitas. Não há como fugir disso, desqualificando os questionamentos como teoria da conspiração.
Até porque, caso as delações da Odebrecht não sejam amortecidas pelo sucessor de…
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