A melancolia europeia e o sentimento de tragédia e comiseração de quem conhece o passado cruel de um continente que criou as mais belas obras literárias e filosóficas, descobriu meio mundo e gritou a plenos pulmões os ideias de liberdade, igualdade e fraternidade são os mesmos de quem hoje treme ao visitar um campo de concentração, de quem sente pela primeira vez o cheiro a medo, a desilusão e a morte com escadas deformadas por terem sido atravessadas em filas e um silêncio aterrador acompanhado pela frase Arbeit macht frei (o trabalho liberta).
Para quem folheou a Montanha Mágica de Thomas Mann, o Livro do Desassossego de Pessoa, a Ilíada e a Odisseia de Homero, a Macbeth de Shakespeare, as Noites Brancas de Dostoiévski e a Metamorfose de Kafka, certamente não pode viver e experienciar a mesma Europa de quem lê Nicholas Sparks, Margarida…
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