Eu adoro estas pequenas, ridículas, quase submersas (já que ninguém as vê ou ausculta, nem o povo nem os intelectuais – apenas sossegados, melancólicos e adormecidos reformados, certamente) adoro estas controvérsias proto-portuguesas, proto-patrióticas, proto-ideológicas. Sejam elas na televisiva Assembleia da República, sejam elas no remanso cervejado, vinícola ou jantarado convívio entre amigos (quase todos eles pessoal de Esquerda, diga-se de passagem, salvo incontíveis porém pouco representativa presença de alguns pequeno-burgorreaccionários, hoje quase sem voz ou proteica audiência) seja lá onde for. São sempre queridas, estas neo-manhosas, performativas e banhodacobrenses controversas, do faxavor, do voxelência, senhor deputado, muito obrigado, senhor deputado.
Da puta que os pariu, senhor deputado.
É tão simples, tão causal (tão cansativo, disso e por isso mesmo) este diz-que-disse, este nós-é-que sabemos! Como há paciência?
Caraças!
Pena o povão, ao fim de tantos anos (antes e depois da abrilada, tanto faz a geração, os circuitos neuronais permaneceram…
Ver o post original 252 mais palavras
