Evaldo Cabral de Mello, no livro “O Brasil Holandês (1630-1654)”, conta entre as raízes da crise que levou o Brasil holandês à derrocada, encontravam-se também as dívidas daCompanhia das Índias Ocidentais. Como em todas os booms, seguidos de crash, na fase de euforia, há excesso de oferta e tomada de crédito. Já na fase de pânico, tem de se amortizar as dívidas ou as refinanciar, porém, nesse estágio predomina o racionamento do crédito.
As dívidas, por causas dos juros compostos, crescem cumulativamente, indo muito além da receita esperada quando foi tomada. No caso do Brasil holandês, isso se deu porque os diretores da Companhia, que antes de 1640 dirigiam os negócios no Brasil, venderam a crédito a maior parte das propriedades confiscadas, engenhos de cana, mercadorias e até negros comprados na África por conta da Companhia, de modo que seus livros estavam repletos de débitos…
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