Sensíveis estamos.
Ou somos.
Febris, perdidos, trêmulos.
Virose? Eu duvido.
Seres que jamais se abatem,
mas se batem,
tal qual um coração.
Ora rápido, sufocante,
ora lento, rascante.
E nessa,
de se ferir sem dó,
surge um devaneio,
um suspiro,
ao pé do ouvido,
que se perde.
E se confessa,
pra si.
E se declara,
prati.
Eu poderia ficar o dia inteiro só te olhando.
De cima a baixo, de cabo a rabo…
Só pelo prazer de te ter no meu olhar.
Olhar que é janela da alma,
lugar digno de te deixar.
Entrar,
ficar,
ser lar.
Seu lar.