Nas minhas pesquisa dos arquétipos na mitologia encontrei essa beleza de Fernando Pessoa, que quero dividir com vocês. Para ser fiel a quem primeiro explicou as referências, transcrevo a íntegra do texto que me chamou atenção, no livro Mitologia, de Junito de Souza Brandão:
“Do enlace Eros-Psiqué nasceu uma menina, que, “na linguagem dos mortais”, se chama Volúpia; “volúpia” sem dúvida, mas algo muito superior à sensualidade.
Talvez, “na linguagem dos deuses”, essa criança divina tenha recebido simplesmente o nome de mulher.
Fernando Pessoa, num poema lindíssimo, Eros e Psiqué 138, compreendeu, com a sensibilidade e a profundidade que lhe são peculiares, a extensão desse amor-consumação, em que Eros, buscando a Psiqué, acaba descobrindo que ele é a própria Psiqué, transfigurada em Amor…”
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse…
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