Uma imersão filosófica em “A Hora da Estrela”
Umas das piores coisas que se faz ao escrever (eu sinceramente detesto fazê-lo) é o sedutor vício de tirar o autor de seu contexto em escrita. O autor está munido de uma linha de raciocínio e diálogo com a temática trabalhada em sua obra, sendo uma “heresia” isolar uma frase ou parágrafo e aplicá-lo até num viés em que o próprio autor discorda, ou antes, nunca pensou. Perigosa é tal prática, onde podemos usar os “clássicos” para teorizar formulações distantes e excêntricas que estão aquém do real discurso do autor em questão.
Porém, embora eu – particularmente – não seja fã de tal prática, acredito que, em alguns casos, a contribuição descontextualizada de um autor pode ilustrar o ponto chave do pensamento ali desenvolvido. Nesse caso, apresento aqui sete parágrafos da obra “A Hora da Estrela” de Clarice Lispector, ilustrando assim…
Ver o post original 2.179 mais palavras
