Normalmente uma crítica especializada, constante em jornais e revistas magazines, bem como em blogs e outros sites afins, tentaria descrever a peça que ora critico –no sentido artístico do termo – a partir de um linguajar mais acessível ao público. Passaria, então, à descrição do figurino e das pessoas que compõe e/ou ajudaram a compor a peça e entremearia a tal exercício uma série de palavras poéticas que, como todas as poesias dignas do nome, lançariam luz na mesma medida em que ofuscariam a compreensão do leitor. Tendo vista saber que esse lugar já é ocupado –e, por vezes, até ocupado demais -, aventuro-me aqui numa exploração filosófica da peça, posto ser esse o meu quinhão na partilha dos saberes formais e posto não ser eu alguém com gosto ou aptidão para as explorações por mim referidas. À psicanálise, que também é meu quinhão, é bem verdade, deixo de lado…
Ver o post original 599 mais palavras
