HINO E REGRESSO
Pátria, pátria minha, a ti regressa meu sangue.
Mas peço-te, como o filho em pranto
pede à mãe:
Acolhe
esta guitarra cega
e esta fronte perdida.
Saí a procurar-te filhos pela terra,
saí a erguer vencidos com teu nome de neve,
saí a erguer uma casa de madeira pura
e a levar tua estrela aos heróis feridos.
Pátria, pátria minha, a ti regressa meu sangue.
Mas peço-te, como o filho em pranto
pede à mãe:
Acolhe
esta guitarra cega
e esta fronte perdida.
Saí a procurar-te filhos pela terra,
saí a erguer vencidos com teu nome de neve,
saí a erguer uma casa de madeira pura
e a levar tua estrela aos heróis feridos.
Agora quero dormir na tua substância.
Dá-me uma clara noite de cordas penetrantes,
a tua noite de navio, altura de estrelas.
Pátria minha: quero mudar de sombra,
Pátria minha: quero trocar de rosa.
Quero pôr o braço na tua frágil cintura
e sentar-me nas tuas pedras calcinadas pelo mar
para deter o trigo e olhá-lo por dentro.
Vou escolher a flora delgada do nitrato,
vou fiar o estambre glacial do sino
e olhando a tua ilustre e solitária espuma
tecerei à tua beleza um ramo litoral.
Pátria, pátria minha,
rodeada…
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