Nunca fez uma tempestade a respeito dos diferentes mundos, porém um assunto intimamente relacionado desencadeou um tufão de debates. Houve uma imensa luta filosófica acerca da questão de se saber em que medida sucessivas teorias científicas – pré e pós-revolução – poderiam ser comparadas umas com as outras.
Ian Hacking, em sua introdução ao livro A Estrutura das Revoluções Científicas (12. ed. São Paulo: Perspectiva, 2013 – original de 1962), acha que talvez a controvérsia à respeito da incomensurabilidade pudesse ter ocorrido somente no cenário estabelecido pelo empirismo lógico, a ortodoxia que era corrente na filosofia da ciência quando Kuhn estava redigindo a Estrutura.
Eis uma paródia simplista de uma linha de pensamento que é carregadamente linguística, ou seja, enfocada em significados. Ian Hacking não afirma que alguém tenha dito algo de um modo tão simplório, mas o que diz capta a ideia.
Pensava-se…
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