Gosto de coincidências. Principalmente quando acrescentam sabor à vida, como duas pontas soltas e autônomas que se encontram involuntariamente e se entrelaçam em harmonia.
Pois foi assim, de maneira inesperada, que o poético Migrar topou com o vigoroso Hot Sul da escritora colombiana Laura Restrepo, que eu terminara de ler.
A prosa intensa da escritora pode ser ficcional ou talvez não. Por ser jornalista, ela retrata com riqueza de detalhes a trajetória de uma parcela de imigrantes ilegais que enfrentam uma infinidade de problemas para realizar o Sonho Americano.
Após ser jogada injustamente na prisão, Maria Paz uma jovem latina, escreve com sofreguidão páginas e páginas narrando a sua vida. Ela segue o conselho do professor de escrita criativa, que ao ministrar aulas na penitenciária onde ela se encontra dissera: Aquilo que não se narra é como se não tivesse acontecido.
A intenção de Maria Paz era que seu longo…
Ver o post original 390 mais palavras
