Em mais uma prova da prevalência dos temas como critério na seleção de filmes desta sétima edição, o CachoeiraDoc abriu espaço ontem para um longa-metragem… de ficção. Amor Maldito é tido como o primeiro longa dirigido por uma cineasta negra no Brasil. Aos 73 anos, Adélia Sampaio vem tendo esse filme redescoberto pelas novas gerações, engajadas na militância cinematográfica pela diversidade sexual. A realização é de 1984, época em que lésbicas no cinema brasileiro só apareciam como tempero em pornochanchadas. Adélia, já então uma experiente produtora vinda do Cinema Novo, foi hábil em utilizar o chamariz para discutir a sério a intolerância da sociedade. Encontrando as portas da Embrafilme fechadas para seu projeto, ela o produziu em sistema de cooperativa.
Amor Maldito baseia-se num caso real. Uma mulher foi julgada em tribunal com a acusação de ter corrompido e levado ao suicídio sua ex-namorada, uma candidata a miss. Wilma Dias…
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