Oficina de Concertos Gerais e Poesia
Vivemos tempos velozes onde tudo que é sólido se desmancha no ar.
Há uma personagem que sempre me encantou – Macbeth. Sua grandeza trágica, patética, sua capacidade de trair para alcançar o poder e sua destruição pelas mesmas forças que o levaram até o poder.
A ambição como a dama da tentação: “quando ousaste desejar, foste um homem”.
E as mesmas bruxas a profetizar a derrota final no sortilégio das palavras com que anunciam a glória iminente e certa.
Poucos o representaram tão bem nos tempos velozes que vivemos no Brasil quanto o ex-ministro Joaquim Barbosa.
Mas o Brasil está pródigo em parir um Macbeth Macunaíma a cada queda de um anterior e a pô-los em luta de morte pelo trono, uns contra os outros.
Não me refiro a Michel Temer – traidor, sem dúvida, mas desprovido de qualquer traço de grandeza que o habilitasse ao papel.
Macbeth Macunaíma…
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