MONTE DE LEITURAS: blog do Alfredo Monte
(A resenha abaixo foi publicada originalmente em A TRIBUNA de Santos, em 06 de setembro de 2016)
Em seu romance de estreia, o jovem Matheus Arcaro (cujo livro de contos, Violeta Velha e Outras Flores, critiquei duramente nesta coluna pela falta de uma personalidade autoral com contornos definidos), ousa um formatado filosófico – usando sua formação na área – muito pouco praticado por aqui. Não que isso seja problema. Basta lembrar da junção entre filosofia e fabulação em A Náusea (1938), de Sartre, e de O Agressor (1943), de Rosário Fusco. Isso sem contar a ficção de tendência cristã que formou um verdadeiro subgênero da prosa, de Dostoievski a Gustavo Corção (autor de Lições do Abismo), com sua temática de culpa e expiação.
O LADO IMÓVEL DO TEMPO (publicado pela Patuá) provavelmente ficará como um romance de exceção como os de Fusco e de Corção. Ele trata da…
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