Eu sei que tudo começou em um pequeno choro, em 1995. Ele dizia que eu cabia na palma de sua mão e que era como um filhote. Não sei exatamente quando o conheci, quando me dei por entendida, ele já estava lá, dando-me conforto e carinho.
Lembro que certa vez, ele me comprou muitos doces e foi me mostrar a beleza da terra, tinha bananeiras, muitas delas com pequenas gotas de orvalho, o sol estava nascendo e tudo parecia de outro mundo e tão fantástico, eu admirava tudo aquilo, enquanto caminhava às pressas para poder acompanhar seus passos largos.
Detalhes, breves vislumbres, flashs de lembranças, raios de felicidade me envolvem quando lembro dos pequenos contatos, pequenos ideais que me foram repassados, expectativas, onde a eternidade é tão distante e, se não se souber viver bem, a vida se torna soturna e vazia.