Nada existe do outro lado do mar, a não ser o azul que sonhamos, as parreiras densas de algum vinho, havido nos barris do sonho e envelhecido na resina espessa que em nós ensina a solidão. Ah, coração, solta teus fantasmas, o que dorme no silêncio mas vibra antigas cinzas, vidros, espelhos, paisagens esquecidas, retratos. […]
via nada existe — bálsamo benigno