Não é nem um pouco nobre ansiar pela morte
Mas só é possível viver de verdade
Quando não se tem uma vida de merda
Fraqueza
Buracos de agulha por todos os lados
Um vulto negro em cada foco
Não ando
Não corro
Não vejo
Mal consigo cagar sem sujar o caminho com merda
Não tenho forças nem para calçar os chinelos
Suplico aos céus por uma redenção
Gostaria de dormir tranquilo para nunca mais acordar
Mas não sou eu quem decide
Uma pena
O cano que sai de minha bexiga
A bengala ao lado da cama
A expressão de tristeza nos olhos de quem não enxergo
Que estado deplorável fui me encontrar
A família finge se importar com minha desgraça
Minha esposa já faleceu
Somente a medicação pode me confortar
Eu
Que já fui tão forte
Hoje, dependo dos outros para viver
Você não sabe o quanto isso me machuca
Me desculpe
Se pudesse…
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