Sobe ao palco um guitarrista, sozinho, empunhando sua companheira de seis cordas. Pluga o instrumento, confere o som fazendo acordes quaisquer. Se dirige a um notebook, quase fora do palco, que está ligado a um amplificador.
Play.
A bateria digitalizada é lançada em velocidade furiosa acompanhada do contrabaixo e de uma guitarra distorcida nervosa. Pairando sobre este cenário, o guitarrista desfila suas notas em solos melódicos uivantes. As notas correm, sobem e descem escalas, querem chegar em algum lugar.
Sua técnica é impecável, algo notável. Dizem que se chacoalhar uma árvore caem dez guitarristas. Mas desses dez, apenas um ou dois alcançarão a precisão de notas rápidas, o domínio de arpejos de nove notas, tapping, hammer ons e pull offs, bends de um tom e meio, harmônicos naturais e artificiais, acordes diminutos, inversões, truques com a alavanca e vibratos das mais variadas intensidades. Ter tudo isso…
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