Octavio Alberola (*)
A leitura do interessante ensaio “A hipótese anarquista ou Badiou, Žižek e os preconceitos anti-anarquistas” (1) do companheiro e amigo austríaco Gabriel Kuhn, publicado recentemente na web alasbarricadas (2), incitou-me a manifestar as minhas concordâncias e discordâncias com aquilo que ele expôs neste texto de 2011; pois, apesar de coincidir com as suas refutações das opiniões e afirmações destes famosos filósofos neo-marxistas sobre o anarquismo, discordo sobre a pertinência e a viabilidade da sua proposta – face à “hipótese comunista” de Alain Badiou – de uma “hipótese anarquista” baseada num “forte movimento colectivo unificado sob uma designação comum”.
Mais concretamente: a minha reacção a esse texto tem como motivo o facto de considerar que as “concordâncias” validam as “discordâncias” e que os acontecimentos mais relevantes dos últimos cinco anos, desde que este ensaio foi escrito, não validam a sua proposta. Por isso, antes de argumentar porque…
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