A casa, à noite, era iluminada pelas lamparinas e o céu, de tão estrelado para iluminar os campos e os vaga-lumes inspiravam poesia. Não dava para ler – ou até dava, se conseguisse driblar o olho atento da mãe. O lampião veio anos mais tarde.
Contava as horas para amanhecer e devorar os livros ou escrever.
Criei um desvio para atravessar a ponte e ir além da colina. A escola foi feita no alto do morro. Ali, as crianças das fazendas vizinhas eram beneficiadas pelo invento que meu pai criara – construíra a casinha no alto da colina para que nada atrapalhasse os estudos – e a professora viera da cidade. O olho atento para os filhos do dono da escola. O cheiro dos cadernos criados por minha mãe e o descampado que mostrava lá embaixo o capim dourado a colorir a paisagem.
Todo objeto queria virar gente na minha…
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