ARISTÓTELES, 384-322 a.C. Retórica. Tradução Edson Bini. São Paulo: EDIPRO, 2013. 272p.
É possível formularmos que o prazer é um certo movimento da alma pelo qual a alma, como um todo, é transportada de uma maneira sensível para o seu estado natural, sendo a dor o contrário disso. Se o prazer corresponde a essa definição, evidencia-se que o prazeroso é o que concerne para produzir essa condição, ao passo que aquilo que contribui para extingui-la, ou que faz com que a alma seja levada ao estado oposto, é o doloroso. Portanto, deve ser prazeroso, com maior frequência, tender para um estado natural, sobretudo quando um processo natural logrou a completa recuperação desse estado natural. Os hábitos também são prazerosos, pois logo que uma coisa torna-se habitual, passa a ser uma segunda natureza. De algum modo, o hábito assemelha-se à natureza – o frequente não está distante do sempre. A…
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