Então houve aquela aula de polonês em que a professora pediu uma sentença com um verbo perfectivo que, conjugado no presente, tivesse valor de futuro. Eu sugeri o verbo “podróżować” (viajar), mas então a nauczycielka Magdalena Szymanska saiu-se com essa frase, de uma fulminante verdade filosófica: “Viajar não tem perfectivo, viajar não termina nunca”.
Respaldada pela sabedoria eslava, eu retomo o interminável tema – porque as experiências de estar em trânsito sempre me fascinaram. Há alguns anos inclusive publiquei Meu destino exótico, ebook disponível na Amazon, que condensa alguns acontecimentos, dentre curiosos e cômicos, que fui colhendo pelo mundo. Uma série de circunstâncias, porém, fez com que do ano passado para cá eu me pusesse a refletir (e continuo nesse processo) a respeito de comodismo versus aventura.
O risco de cair no conforto da primeira opção quase me fez negar o gosto que tenho pelas explorações imprevistas. Salvou-me desta incoerência
Ver o post original 835 mais palavras
