Hoje me mandaram os vídeos e áudios de um caso de atenção violenta ao parto numa grande cidade brasileira. Não acho razoável que o nome do profissional seja citado por nós, e acredito que poderei explicar as razões para essa discrição nas linhas que se seguem abaixo.
Quando eu ouvi os diálogos na sala de parto fiquei espantado, mas talvez de uma forma diferente da maioria das pessoas. Em verdade, eu me senti como um cicerone de um campo de refugiados que mostra aos visitantes as condições precárias do lugar onde os exilados vivem. Para mim, algo banal, para os visitantes cenas de horror. Assim, as cenas de violência verbal e abusos que eu escutei nada mais eram do que o padrão da assistência ao parto de que eu fui testemunha por tantos anos. Meu espanto não era pelo conteúdo, mas pelo fato de que ainda existem expressões dessa…
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