Se Woody Allen morresse este mês (toc toc toc), CAFÉ SOCIETY poderia ficar como um ótimo filme-testamento. Lá estão muitos sintagmas essenciais de sua obra: o romantismo acridoce, a história de ascensão social, a sátia aos gângsteres, as tiradas da indefectível família judia, o olhar nostálgico e ao mesmo tempo irônico ao glamour do passado, o elogio a Nova York. Depois de um início fraco, que me fez temer (opa, sem maiúscula!) o pior, o enredo desliza saborosamente a partir do encontro de iniciantes entre Bobby e uma prostituta. O rapaz cheio de bons propósitos, mais um alterego de Allen, vai se beneficiar e ao mesmo tempo criticar a cultura da fofoca e da ostentação da Hollywood dos anos 1930. A paixão pela secretária do seu tio poderoso o colocará numa enrascada profissional e amorosa.
Todos os detratores de Allen devem estar apontando mais uma repetição de si mesmo e…
Ver o post original 393 mais palavras