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Assembleia Popular do Brasil

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Blog AssembleiaPopular.Org

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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A Assembléia Popular é um fórum brasileiro criado com o objetivo de construir o processo político de democracia direta e ser também um espaço de reunião e fortalecimento dos movimentos sociais. O objetivo é construir, por todas as localidades do país, fóruns de organização popular, as assembléias, em diversos níveis: bairros, municipais, estaduais e nacionais. Estas assembléias visam transferir poder político diretamente para a população. Todo o processo foi fruto de um sentimento de descrença na política representativa em seus diversos níveis.

Essas redes sociais de assédio não devem ser base de comunicação das instituições

8 de Novembro de 2015, 11:51, por Thiago - 0sem comentários ainda

Essas redes sociais de assédio não devem ser base de comunicação das instituições

 

  O filme "A Rede Social" mostra Mark Zuckerberg criando o Facebook para a prática de assédio sexual. Criado para esse fim e esses propósitos de cultuar e cultivar a escrotidão.

 

    Quanto maior a dependência da Instituição ao Facebook, maior é o enfraquecimento moral da Instituição e cerceamento do conhecimento acadêmico e intelectual a ondas de escrotice. Um e-mail de turma não deveria NUNCA ter existido e tapar um buraco como esse com isso é mediocridade.

 

 Instituições merecem plataformas de comunicação próprias. Administrações democráticas exigem plataformas para a liberdade com inteligência, respeitosa e muito seriamente. Propiciando a justiça social e equalização do acesso à informação e poder do cidadão, a todos.

 

   Aceitar o que impõem de sermos dependentes e usuários acéfalos de redes sociais externas não ajuda. É acatar o cavalo de tróia dentro da sua casa, e fazer dele seu hóspede enquanto ele espalha os males.

 

   A falta dessas plataformas de comunicação Institucionais e para as Nações, em conjunto com uma série de fatores históricos e dependências tecnológicas, tem propiciado cada vez mais um mundo sombrio, de censura e violência gerada, às vezes, pela falta de entendimento entre as pessoas, a impossibilidade da comunicação entre os cidadãos de uma nação que só conhece essas redes e aplicações que vem de fora.

 

   Essas redes que vem de fora, que não implicam em mais Ordem e Progresso (nem desenvolvimento tecnológico muito menos crescimento econômico), senão a organização de milícias clandestinas vestindo-se de preto que ficam tentando juntar pessoas para fazer manifestações utilizando-se da fúria delas para gerar a instabilidade política e impossibilitando encontrar soluções definitivas para o problema. Ou porque não querem. Ou nem fazem idéia.

 

   Enquanto isso as pessoas do “Centro de Saber” continuam esnobes como sempre foram. O Phillippe Campos e muitos outros se dizem da esquerda política que deveria desprezar o Facebook como forma de fazer Politik. Mas pela teimosia das pessoas que acham-se “sabidões” e desprezo com quem tem por minha parte, estão incapazes de perceber a situação e traçar uma saída política. Cada um sabe um pouco, mas a estupidez humana tapa-lhe os ouvidos e os olhos até quando conseguir.

 

   O próprio Philippe sempre disse que é melhor fazer Movimento Social e Estudantil no Facebook “porque é mais fácil pegar mulher”. Como ele se diz de esquerda, eu não sei se acredito porque existem discursos que se contradizem na esquerda.

 

   O Facebook não é um meio de superação do problemas políticos. É o próprio agravador que espalha ideias de “fragmentação das nações” e mantenedor do arcaico controlador estatal centralizado por pessoas eleitas, as que os esquerdistas do PSOL tanto criticam. Eu conheço pessoas hipócritas, que se dizem preocupar-se com recentes retrocessos na democracia brasileira, mas não fazem questão de tentar entender a gravidade da dependência tecnológica da nossa polítik às redes sociais externas.

 

 Essas pessoas estão erradas. Jamais conseguirão atingir os objetivos se tentam fazer da forma errada. E continuarão errando porque não tem humildade intelectual. Tem sérios problemas para entender e aceitar que estão errados. Pessoas que se baseiam em pedestais de abismo. Vivem só no mundo das ideias e aparentam fazer trabalhos sérios, mas para quem conhece bem sabe que não são pessoas sérias no que fazem, diante de tudo o que falam quando não estão sendo gravados. O contraste com o que defendem é muito grande.

 

  Chamo de hipócritas porque se houvesse realmente uma preocupação, por exemplo, com as mulheres nesses últimos retrocessos na Câmara dos Deputados, poderia não ter havido se soubéssemos ter nos organizado corretamente na internet. Aconteceu porque mesmo que essa gente teve tempo, os últimos 1 e meio ou 2 anos, para avançar a democratização da comunicação na Rede do Governo Federal e propiciado que a opinião das pessoas não fosse influenciado por uma plataforma em que as pessoas não falam sério, que ficam apenas zombando e publicando desenhos com interpretações grotescas. Que foi criada para assediarem pessoas, e isto é histórico.

 

  As aplicações vinculadas à República Federativa do Brasil e a democracia direta com as decisões do país são elementos possíveis bastante idealizáveis e não deve-se fugir à luta. A democracia representativa precisa ser limitada ao discurso. A realidade atual não atura mais um Estado que se leve a sério sem uma Rede Institucional de Comunicação. Infelizmente as pessoas são muito teimosas, mas depois que é colocado na sua cara a merda que você está fazendo começa-se a perceber que precisa mudar de atitude.



A caixa – 1 milhão vale uma vida?

14 de Abril de 2015, 12:33, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

[1]Norma Lewis (Cameron Diaz) é uma professora casada com Arthur (James Marsden), um engenheiro que trabalha para a NASA. Eles têm um filho e levam uma vida tranquila no subúrbio. Um dia surge um misterioso homem, que lhes propõe a posse de uma caixa com um botão. Caso seu dono aperte o botão, ele ficará milionário, mas ao mesmo tempo alguém desconhecido morrerá. Norma e Arthur têm 24 horas para decidir se ficarão ou não com a caixa. (link para assistir ao filme http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-caixa-dublado-online.html    abaixo o filme será descrito, portanto é aconselhável vê-lo antes.)

Para tudo isso ocorrer, existem condições. 1-Os empregadores e responsáveis não podem ser revelados. 2- Não se pode falar sobre o feito, exceto com a família. 3- A decisão deve ser tomada 24 horas após a visita.  E para constar, a vítima de seu aperto não tem contato algum com você, nunca teve e nunca terá. Uma pergunta aparece: uma vida vale dinheiro? Quais aspectos estão ao redor da decisão de apertar?

Primeiro, só de pensar na possibilidade já se dá um valor econômico a vida. Caso contrário, ela tem outro tipo de valor. Agora, partindo da decisão de apertar. Quais aspectos residem? Melhorar sua situação financeira, dar segurança a família, cuidar de sua saúde, tudo isso justifica a morte de um desconhecido? Aliás, como definir conhecer? E pior, quem pode ser a pessoa a morrer? Pode ser um pai de família, uma criança, ou alguém já em estado vegetativo. Mas, se o sujeito cogita a possibilidade de apertar, tudo isso importa? Ou pior, será que sequer vai pensar em considerar tudo isso? É válido repetir: Qual o significado de simplesmente cogitar a possibilidade? Mas, suponhamos, o botão foi apertado. O dinheiro foi recebido rapidamente. Qual sensação isso gera? Porque certamente alguém morreu. Por trás da decisão há toda uma condição social de necessidades.

Aliás, será certeza a ideia de1 milhão resolverem sua vida, ou te fazer feliz? Vale pensar em como saber se o botão foi apertado. Há espiões por ai? Sobre a própria morte da vítima. Será rápida e indolor ou dolorosa e demorada? Qual efeito vai gerar na vida dela e nas pessoas ao redor?  Talvez alguns nem chegassem a essas questões éticas. De resto uma questão tecnológica. Uma frase se destaca: “Nenhuma tecnologia é suficiente para distinguir a verdade da magia”. Aparecem grandes tecnologias muito avançadas, portanto, próximas a mágica. No fim, o botão era um teste alienígena para julgar o merecimento da sobrevivência da humanidade. É preciso questionar qual o valor e o que é o ser humano, quando a maioria cogita a possibilidade de apertar, uma minoria não cogita, e uma minoria menor ainda não pressiona o botão.

No caso da negação, a vida tem valor inestimável. Caso contrário tem valor econômico. No caso da hipótese cogitada a maioria simplesmente aperta, sem olhar o lado ético da decisão. Uma minoria analisa essas questões e aperta. Uma minoria menor ainda questiona a ética da decisão e não aperta. Ou seja, em geral a vida tem valor econômico, e não inestimável. No fim a humanidade foi exterminada. Uma última pergunta sobre apertar ou não o botão. E se você fosse um estranho a morrer por ele?

Lembrem- se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

 

[1]Fonte da sinopse:  http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-caixa-dublado-online.html

 

Referências:

Disponível em: http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-caixa-dublado-online.html Filmes Online Grátis/ http://www.filmesonlinegratis.net . Data de acesso: 30 de Agosto de 2015



Besouro Verde- o poder da informação

7 de Abril de 2015, 20:39, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

   [1]Britt Reid (Seth Rogen) está perto dos 30 anos e não quer saber de responsabilidades, dedicando sua vida à diversão. Até o dia em que seu pai, (Tom Wilkinson) morre misteriosamente e ele precisa assumir os negócios da família, ficando à frente de um grande e respeitado jornal. Milionário e entediado, Reid resolve criar um personagem junto com seu fiel funcionário Kato (Jay Chou), fera das artes marciais e grande inventor de máquinas revolucionárias. Cheios de vontades, surge então o Besouro Verde. Só que a cidade está nas garras de Chudnofsky (Christoph Waltz), um criminoso que busca meios der ser mais ameaçador para as pessoas. (link para assistir ao filme http://www.cinemaonlinegratis.com/64/O-BESOURO-VERDE-ASSISTIR-FILME-ONLINE    abaixo o filme será descrito, portanto é aconselhável vê-lo antes.)

   Britt Reid começa a investigar sobre o passado do pai, até que decide virar heroi. Sua motivação inicial é a raiva que tem deste, e por isso sua primeira missão é destruir uma estátua que o simboliza. Isso faz com que mude de uma vida regada a bebidas e preguiça,  para uma vida cheia de ação, controvérsias e objetivos, assim como grandes mudanças. Britt Reid parece representar o lado ideológico, enquanto Kato a força. Algo interessante é que ao fim, Britt dá um novo significado à sua relação paterna. Percebe que o pai foi um verdadeiro heroi e que se sacrificou, recolocando a cabeça da estátua no lugar.

   O filme trata de diversos temas, mas em geral relaciona política, crime e mídia. Reid é dono do jornal “O Sentinela Diário”. Scanlon é um político importante da cidade e Chudnofsky é o chefe do crime organizado. O filme mostra que esses três elementos estão extremamente ligados, de forma que Scanlon se utiliza de “O Sentinela Diário” para limpar sua imagem em relação ao crime, pois já que é impossível acabar com ele, cria-se a ilusão de tal. Para isso se utilizou do jornal e foi preciso fazer um trato com Chudnofsky. O pai de Britt estava no centro dessa relação, e até certo tempo se deixou manipular por ela. Porém quando não mais o fez foi morto. Britt se encontra novamente no meio dessa relação, mas agora com oportunidade de mudá-la.

   Em termos implícitos, o filme discute como as informações na mídia são manipuladas e uma possível ligação com a ideia de crime, nos fazendo questionar: o que de fato é crime? Porque de um lado Britt cometeu um crime dentro de seu meio, mas pela lógica comum Scanlon foi um grande criminoso e o mais inteligente. Através do besouro verde, foi criado um novo arquétipo de heroi, não com super poderes e nem fantástico, mas um ser humano comum que decide lutar pela “justiça” (exceto pelo fato de ser milionário).

   Mostra em termos muito claros como o “crime organizado” se organiza, isto é, pela força e sua base social. Nos faz perguntar novamente: se nem sabemos o que é crime, o que é combater o crime? Ao fim do filme, uma gravação salva o dia e denuncia aqueles que precisam ser denunciados, fazendo com que o besouro verde tenha cumprido sua missão. Mais implícito ainda, é que o filme mostra uma superioridade do privado em relação ao estatal, como se os empresários e donos de jornais fossem mais importantes que o estado. Aliás, não faz nenhuma menção ao estado exceto com Scanlon. Ou seja, o estado é corrupto e o privado é heroi. Mas a pergunta final é: qual o real poder de uma informação?

Lembrem- se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

 

Referências:

Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28983/ Adoro cinema/ http://www.adorocinema.com . Data de acesso: 30 de Agosto de 2014

Disponível em: http://www.cinemaonlinegratis.com/64/O-BESOURO-VERDE-ASSISTIR-FILME-ONLINE Cinema Online/ http://www.cinemaonlinegratis.com . Data de acesso: 30 de Agosto de 201

 

 

[1] Fonte da sinopse: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28983/

 

 

 



O Brasil precisa crescer em quais setores? O que precisa fazer para cumpri-los?

15 de Março de 2015, 22:00, por Thiago

Um dos setores é a Tecnologia da Informação. Primeiramente, vamos esclarecer que software livre é importante porque é um gratuito de qualidade, não é qualquer merdinha freeware não. As pessoas sempre instalam os gratuitos repletos de malwares nos computadores por desatenção e desinformação. Estes programas gratuitos não significam o mesmo que programas livres, porque a liberdade de software representa qualidade e possibilidade de engajamento intelectual na lógica de programação. Tem consigo uma prática de compartilhamento do conhecimento e código-fonte dos programas, mas isto não é necessário que todos os usuários façam, mas apenas os desenvolvedores.

O usuário é o maior beneficiado do software livre, que dispõe de centenas e até milhares de programas livres facilmente instaláveis, pelo Central de programas. Programas de computador instaláveis em poucos cliques, que melhoram a qualidade dos softwares executados, e pudermos gerar emprego e renda, aumentando o nível do Brasil. Para a maioria das pessoas, não existe necessidade de emprego e renda no Brasil com relação ao setor da inovação tecnológica de informática. Eles simplesmente aplicam o Windows pirata, e a Microsoft aceita isso, porque desenvolveu seu sistema operacional também roubando as melhroes ideias para implementar em seu sistema operacional.

Isto é história. E devemos mostrar que as pessoas podem mais com software livre. Podem instalar dezenas de programas de computador na área de ciência & engenharia, multimídia, gráficos e também jogos, mas não jogos de qualidade para computadores. As pessoas podem produzir e fazer mais coisas no computador com um sistema operacional Gnu/Linux. E creio que todos os membros da presidência da República e a Presidenta Dilma Rousseff devem usar software livres brasileiros e mostrar o exemplo de como é que cresceremos economicamente na área.

É claro que este não é um movimento para as pessoas deixarem de usar Windows. Este é um movimento pelo crescimento econômico brasileiro no setor da Tecnologia da Informação com soluções nacionais para as pessoas operarem melhor e com mais facilidade os computadores no Brasil. Quando vi um professor dando aula com vídeo baixado do Youtube sem som, vi que ele deveria conehcer os softwares livres para executar seus vídeos, em sala de aula, sem precisar acessar a internet, o vídeo simplesmente não tinha áudio. Bugou. Não funciona. Que tal usar o que funciona?

Não apenas o que funciona, mas também o que lhe garante maior conhecimento de lógica da programação. Penso que um professor de lógica em um Laboratório de Lógica e Epistemologia de Filosofia deve usar software livre. Não é simplesmente uma questão metodológica, é também uma questão econômica! Quantos empregos seriam gerados para melhorar softwares livres e torná-los de qualidade e gratuitamente disponibilizados? Este é o futuro do Brasil neste setor econômico. Quanto mais tempo tivermos dependência tecnológica do Windows, mais tempo adiaremos para gerar mais emprego e renda no setor de tecnologia da informação.

A Microsoft está no Brasil e isto é inevitável. Mas o que está em jogo é nossa própria capacidade de gerar tecnologias com soberania tecnológica e identidade visual, como as distribuições Ekaaty e Kaiana. O Desenvolvimento do Brasil precisa de mais soberania tecnológica, todos os países precisam. Um pouco que a Microsoft cai, todos ganham. É simples entender isto. E não é dizendo para não usar o Windows, mas é sempre bom frisar que o que é feito no Brasil também está ficando de ótima qualidade. Não deixe estas petecas caírem!!!

 



O camelo e o camelô

9 de Março de 2015, 20:38, por Rafael Pisani Ribeiro

     Sempre que passo no centro vejo um sujeito com uma barraca e nela há pedaços de bolo e garrafas de café. Em todas as vezes que passei, o vi entregando um copo de café e um pedaço de bolo, apenas uma vez. Não vi entrega de dinheiro e suponho que tenha visto só a parte final da troca comercial. De qualquer forma, convivemos diariamente com os ditos camelôs. Tornou-se tão normal no cotidiano, que nem mesmo pensamos sobre essa profissão, se é que assim pode ser chamada.  Assim como no “amolo-faca-tesoura-e-alicate”, a história parece ser muito mais complexa.

     Enquanto ando na rua e observo a movimentação, também observo o modo em como às pessoas andam. Todas apressadas, aparentemente inseguras e ignorando o mundo à sua volta, exceto aquilo que pode afetá-las negativamente.  É como se criassem uma bolha ao redor de si com a função de filtrar diversos estímulos, exceto os perigosos.  A frase “Ado, ado cada um no seu quadrado” parece descrever isso muito bem.

    A bolha fica tão forte, mas tão forte que essas pessoas, ou até mesmo eu, ignoram a presença dos camelôs. Em todo grau, sua percepção nega percebê-los e é quase como se não existissem, como se estivessem em um universo diferente. Isso é pior ainda para os moradores de rua. Esses só existem quando pedem dinheiro ou estão no chão a frente deles, e é preciso desviar. Talvez Gabriel o pensador esteja certo quando diz na música “O resto do mundo”: “A minha sina é suportar viver abaixo do chão...” Ele ainda consegue resumir na mesma música o ato de pedir esmola:

“Eu tô com fome,
Tenho que me alimentar”.
Eu posso num ter nome, mas o estômago tá lá,
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau,
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal...”.

De toda forma, esses parecem não existirem socialmente. Os noticiários têm culpa pela criação dessa bolha, mas as pessoas são responsáveis por permitir que esta seja criada. Além disso, como ficam os camelôs?

    Não sei a origem da palavra camelô, mas ela me lembra de camelo. Sim, aquele animal chamado camelo que é usado como meio de transporte no deserto. Esse animal possui diversas vantagens. Ele pode carregar pessoas e mercadorias por longos dias, apesar de ser um animal seu custo pode não ser tão alto. Além disso, é usado para longas movimentações, necessitando de comida e pouca água. Por esses fatores, é possível andar com muitos camelos no deserto. E os camelôs com isso?

    O princípio é quase o mesmo. Estão por toda parte e podem estar em qualquer lugar, possui uma característica nômade. Necessitam de poucos recursos para iniciar, pois seu produto é extremamente barato, e, portanto de baixo custo. Podem estar reunidos em um só local, ou cada um no seu canto. Na primeira, parecem passar mais “confiança”, no segundo parece mais estranho. Vendem desde produtos alimentícios à produtos eletrônicos. Mas tanta vantagem tem um problema.

    Enquanto o sujeito do amolo-faca-tesoura-e-alicate parece ganhar pouco, porém sem risco de perda, esses podem ganhar muito, mas com risco de perda total.  Nunca vi, mas sabe-se que quando não há licença para vender nas ruas, é permitido ao estado confiscar os produtos. Essa é uma questão complexa. Já cheguei a ver um pipoqueiro ser abordado por tal razão, e foi ruim vivenciar, pois o sujeito parecia extremamente pressionado. Em um ato desses perde-se todo o “investimento”. Talvez o pouco que tinha. O estado nem deve ter o que fazer com a mercadoria, talvez até a utilize. Tudo em prol das grandes empresas e seus direitos, autorais ou não! Mas a questão não é tomar as mercadorias. É tomar as esperanças de uma vida, quem sabe até uma vida!

    Como dito no amolo-faca-tesoura-e-alicate, a aposentadoria não é suficiente para viver com qualidade, assim como o salário mínimo. E muito menos há espaço para todos no mercado de trabalho formal.  Talvez seja essa uma razão para se tornar camelô.  Como o produto é muito barato, seu custo é, portanto muito baixo. Se um CD é cinco reais, seu custo deve ter sido de R$ 1,50. É violência sobre violência!  Disso não se deve esperar tanta qualidade, mas não significa necessariamente baixa qualidade. Deve ser muito ansiolítico trabalhar em um meio onde de uma hora para outra você pode perder todo seu investimento e produtos. Quem dirá saber o tempo de trabalho e quanto ganham ao mês!

    Ademais, parece ser diferente comprar em um camelô isolado ou um junto a vários outros, ainda que seja o mesmo camelô. Por outro lado, parecem ser extremante necessários para o consumo. Apesar da lei, ninguém, ou uma minoria tem condições de comprar só produtos originais. As grandes empresas tentam afirmar que é justo elas controlarem o mercado!

   Muitos dos “donos” de camelôs não tiveram acesso ao mercado de trabalho formam, e acharam essa saída. O consumo seria extremamente reduzido sem eles.  O que seria dos comerciantes, consumidores e do próprio camelô sem suas corcovas?

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

Referências:

Disponível em: http://blogoosfero.cc/verdadeoumentira/verdade-ou-mentira/amolo-faca-tesoura-e-alicate Rafael Pisani Ribeiro/ http://blogoosfero.cc/verdadeoumentiraData de acesso: 09 de Março de 2015

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/o-resto-do-mundo.html Gabriel o Pensador/ http://www.vagalume.com.br Data de acesso: 09 de Março de 2015

 



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