Qual a origem de todo esse ódio?
7 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaDo Blog do Polaco doido
No último sábado, dia 3 de novembro, meu amigo e blogueiro, Esmael Morais, publicou uma enquete questionando seus leitores sobre qual posicionamento destes a respeito do iminente golpe midiático que pretende jogar na lama o nome do Ex-Presidente Lula e, consequentemente, todos os avanços alcançados pelo Brasil nos últimos anos e, principalmente, para frear o fenômeno eleitoral que o Partido dos Trabalhadores vem consolidando a cada nova eleição.
Uma enquete até despretensiosa que apenas perguntava se o leitor sairia às ruas para defender o presidente, acabou virando um palanque de acusações infundadas contra o ex-presidente, sua família e seu partido. Mais de 230 comentários, na grande maioria, escritos com o fígado e que revelam um ódio patológico que alguns têm contra um estadista que, bem ou mal, mudou os rumos da política não só no Brasil, como também no mundo.
O golpe midiático em questão, tenta imputar a Lula a chefia e todo o planejamento do escândalo que ficou conhecido como “mensalão” e que foi amplamente divulgado pela grande imprensa corporativa durante o último período eleitoral.
Eu aqui, Polaco e Doido, não tenho nenhuma formação acadêmica para me meter criticar o mensalão ou o julgamento do caso pelo STJ e seus ministros. Mas é evidente que admiro o ex-presidente Lula como político e estadista. Claro também que esperava muito mais de seus dois mandatos como presidente, mas é inegável que os dois mandatos de Lula e estes primeiros anos de Dilma à frente do comando na nação são bastante positivos em quase todos os aspectos.
Tentar desconstruir todos estes avanços em virtude de um caso de corrupção é golpe e golpe baixo.
Ora, durante os mais de 500 anos da história brasileira os donos do poder sempre tiraram vantagens pessoais de todo este poder recebido. Verdadeiras oligarquias se formaram, herdeiros dos antigos chefes continuam se revezando em cargos dos executivos e legislativos bem na frente dos nossos narizes em todas as eleições. Por que apenas Lula, sua sucessora e o partido que eles são filiados recebem uma vigilância tão cerrada por parte desta pretensa elite intelectual tupiniquim?
Só para dar uma pequena noção. Eventos muito mais graves na história recente do país não merecem tanto empenho para colocar os responsáveis na cadeia. O caso Banestato x Banco Del Paraná desviou mais de R$ 42 bilhões e nem por isso o chefão da época, Jaime Lerner, é tratado como chefe, mandante e responsável por este rombo. Nem as privatizações criminosas de FHC, nem o caso das ambulâncias com seu rombo de R$ 2 bi no tempo em que Serra era ministro da Saúde de FHC e nem, tão pouco, o bilionário e rápido crescimento do patrimônio da filha do José Serra, coincidentemente na época das privatizações. Ou mesmo a descarada compra de votos de parlamentares para aprovar a eleição de FHC. Nada disso mereceu o mesmo enfoque do mensalão petista.
Existe uma clara seletividade de escândalos por parte da “elite” intelectual e da imprensa corporativa tupiniquim e esta seletividade tem como único objetivo fazer o país voltar a mesma estagnação e subserviência ao império do norte, do mesmo modo como era até o inicio do milênio.
Esta estagnação e subserviência é altamente positiva para a “elite” intelectual e para a grande imprensa corporativa, porém não traz nenhum benefício ao cidadão. Justamente aquele cidadão com um ódio doentio ao Lula que postou comentários depreciativos a respeito do ex-presidente no blog do Esmael.
É preciso deixar claro que com este texto não pretendo, como eles, dar maior peso ou ênfase a este ou aquele caso de corrupção ou desvio de dinheiro público. Por menor que seja o crime, ainda é crime e deve ser tratado como tal. O caso a ser levado em consideração é justamente esta seletividade da notícia. Esta seletividade só terá um limite quando finalmente o Brasil contar com uma legislação que realmente regulamente os meios de comunicação. Uma lei para regulamentar a rede de computadores nacional já está na pauta do congresso aguardando votação. Porém, os outros meios de comunicação ainda estão livres e soltos para publicar e manipular as mentes como melhor lhes convêm.
As grandes redes tem grana, tem suporte internacional, tem um público numeroso e tem lobistas poderosos barrando toda e qualquer tentativa de regulamentação.
E se esta regulamentação dos meios de comunicação não sair até 2014 corremos o sério risco de voltar a estagnação e subserviência do milênio passado logo após as próximas eleições presidenciais.
Tire a TV da tomada e pensa nisso!
Polaco Doido
Derrota histórica da educação na Câmara dos Deputados
6 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO dia 6 de novembro de 2012 será lembrado a partir de agora como um dia triste, em que a educação e o povo brasileiro foram derrotados na Câmara dos Deputados. Não foi aprovado o projeto do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que contava com o apoio do Governo Federal e previa a destinação de 100% das verbas da extração de petróleo (royalties) fossem destinadas para a Educação.
A maioria dos deputados aprovou o projeto do Senado, que previa uma simples redistribuição dos royalties entre os estados, e que inviabilizou a apreciação do projeto substitutivo do deputado petista.
Os dois únicos partidos cujas bancadas votaram 100% fechadas a favor da educação foram PT e PCdoB.
Do PSol, que tem 3 deputados, somente o Ivan Valente participou, e votou certo.
Aliados do Governo ajudaram a construir a derrota, como o PSB, que "liberou a bancada" e teve 12 dos seus deputados (de 26) votando contra a educação.
O PDT, que costuma se apresentar como "o partido da educação", orientou sua bancada para votar contra a educação e teve 14 deputados (de 21), votando desta forma.
Em uma votação apertada, de 220 a 211 (9 votos), esses posicionamentos fizeram muita diferença!
Além do PT e PCdoB, estavam favoráveis à proposta todos os movimentos sociais ligados à educação, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a União Nacional dos Estudantes (UNE), e diversos outros movimentos e militantes.
Este resultado mostra os limites da chamada “base aliada”, que vota contrária justamente quando o país e o povo mais precisam, como aconteceu na recente votação do Código Florestal.
Outra reflexão deve ser direcionada aos eleitores, que muitas vezes seguem o jargão tão difundido pela imprensa de que “é preciso votar em pessoas, não em partidos”.
Precisamos defender a importância de votar em partidos, em projetos políticos, sob o risco por exemplo de se acreditar que está votando em alguém “a favor da educação” ou genericamente “progressista”, mas que na verdade representa interesses alheios aos da grande maioria da população.
Esta foi uma derrota dura, mas que não pode nos desanimar. Precisamos fortalecer o trabalho de organização dos movimentos sociais, sindicatos e dos partidos verdadeiramente de esquerda, assim como aprofundar o diálogo com a população sobre a importância de aumentarmos o financiamento para a educação no Brasil.
Somente assim construiremos um país justo e desenvolvido!
Yuri Soares Franco
Professor e Historiador pela Universidade de Brasília – UnB
Militante do Partido dos Trabalhadores
* Veja a lista dos deputados, por partido, que votaram contra e a favor da educação: http://va.mu/Y8li
Fonte: Página 13
CAW homenageia Lula com prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos
6 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO companheiro e ex-presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio LULA da Silca recebeu do CAW - Canadian Auto Workers (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Automobilística do Canadá) o prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos.
Do perfil de Carbono 14
Vergonha: pela 5ª vez votação do relatório do Marco Civil da Internet é adiada
6 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO relator do projeto do marco civil da internet, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), anunciou há pouco que a votação do texto foi adiada para a próxima terça-feira (13).
O relator estava negociando pontos do projeto para que ele retornasse à pauta do Plenário ainda hoje, mas não foi possível chegar a um acordo.
O ponto de maior divergência do texto é o artigo que trata da neutralidade de rede, determinando que os provedores devem tratar da mesma forma todos os pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, serviço, origem ou aplicativo.
Para o deputado Ricardo Izar (PSD-SP), o princípio da neutralidade afasta investimentos, diminui a concorrência e pode encarecer os planos de internet. Segundo ele, a internet é como uma estrada congestionada. "Se um usuário paga R$ 9,90 para ter só e-mail e outro paga R$ 200 para baixar filmes, quem paga caro tem de ter prioridade na hora do congestionamento ou as operadoras terão de aumentar o preço do pacote mais barato", criticou.
Izar disse que negocia com Molon a aprovação de uma emenda do deputado Eli Correa Filho (DEM-SP) para permitir que os provedores de internet também possam armazenar registros de acesso a aplicações dos seus usuários. Eli argumenta que, se os produtores de conteúdo podem armazenar dados, é justo dar aos provedores o mesmo tratamento.
Apresentado pelo governo, o marco civil é uma espécie de Constituição da internet, com princípios que devem nortear o uso da rede no Brasil, direitos dos usuários e obrigações dos provedores do serviço. O texto tramita como o Projeto de Lei 2126/11, apensado ao PL 5403/01.
Fonte: Câmara dos Deputados, Brasília