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138 milhões de crianças são exploradas no mundo

June 15, 2025 8:52 , von Altamiro Borges - | No one following this article yet.
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Por Altamiro Borges

Divulgado na quarta-feira (11), relatório conjunto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra um lado dos horrores do capitalismo canibal – que concentra fortunas nas mãos de 1% da população e causa miséria para bilhões de habitantes da terra. Ele aponta que 138 milhões de crianças vegetaram em situação de trabalho infantil em 2024, sendo 54 milhões delas em ocupações perigosas.

De acordo com o estudo, o setor agrícola é o que mais emprega mão de obra infantil (61%), seguido por serviços (27%), como trabalho doméstico e venda de produtos, e pela indústria (13%), incluindo mineração e manufatura. Crianças pequenas, entre 5 e 11 anos, são as mais afetadas, representando 57% do total. Conforme crescem, a distribuição por gênero se torna mais desigual: os meninos são maioria, especialmente em trabalhos industriais, enquanto as meninas estão mais presentes no setor de serviços, incluindo tarefas domésticas.

O relatório também alerta para os efeitos do trabalho infantil na educação. Globalmente, um terço dos que têm entre cinco e 14 anos e trabalham estão fora da sala de aula, comparado a apenas 8% daquelas que não trabalham. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a evasão escolar chega a 59% para os que trabalham, contra 14% dos demais. A África Subsaariana concentra o maior número de casos, com 87 milhões de crianças em trabalho infantil, o que representa quase dois terços do total global.

Combate ao trabalho infantil é lento e desigual

Intitulado “Trabalho infantil – Estimativas globais para 2024, tendências e caminho a seguir", o relatório destaca a urgência de políticas integradas para acelerar a eliminação dessa chaga. Entre as medidas citadas estão a garantia de educação gratuita e de qualidade, a ampliação da proteção social, o fortalecimento das leis trabalhistas e a promoção de oportunidades dignas para os adultos, reduzindo a dependência econômica do trabalho infantil.

O documento da OIT e Unicef até traz alguns avanços nesse terreno. Como registra Leonardo Sakamoto em postagem no site UOL, “desde o ano 2000, o trabalho infantil no mundo caiu quase pela metade, de 246 milhões para 138 milhões. E entre 2020 e 2024, o número de crianças nessa situação diminuiu em mais de 22 milhões, e aquelas em trabalhos perigosos caíram em 25 milhões. Mas o relatório aponta que, embora tenham ocorrido avanços, o progresso para eliminar o trabalho infantil ainda é lento e desigual”.

Prova dessa cruel lentidão é que o mundo não cumpriu a meta 8.7 estabelecida nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que previa a erradicação do trabalho infantil até 2025. A desigualdade regional também é evidente. A região que mais reduziu o trabalho infantil foi a da Ásia-Pacífico, onde o número de crianças exploradas caiu de 49 milhões para 28 milhões desde 2020 – de 5,6% para 3,1%. Já na América Latina, houve uma redução de apenas meio ponto, de 6% para 5,5% no mesmo período, passando de 8,2 para 7,3 milhões.
Quelle: https://altamiroborges.blogspot.com/2025/06/138-milhoes-de-criancas-sao-exploradas.html