Por Altamiro Borges
Relatório divulgado pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mostra que 88 bolsonaristas seguem presos devido à tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023, quando as sedes do Congresso Nacional, Palácio de Planalto e STF foram invadidas e depredadas em Brasília. O documento ainda revela que, desse total, 13 já foram condenados, 42 estão com denúncia recebida e 33 estão com inquéritos em andamento.
Desde a fatídica data da intentona fascista, o relator do processo já recebeu 1.516 processos sobre os atos de vandalismo, que geraram 8.061 decisões, 161 julgamentos de ações penais e 102 homologações de acordos. Segundo o relatório, permanecem em tramitação 1.444 processos. Até agora, 1.557 decisões de liberdade provisória foram concedidas mediante a imposição de medidas cautelares – como recolhimento domiciliar noturno, apresentação semanal ao Juízo, proibição de sair do país, cancelamentos dos passaportes, suspensão de arma de fogo, proibição da utilização das redes sociais e uso de tornozeleira.
Cadê os insufladores, os financiadores e os mentores?
Segundo matéria do jornal Estadão, “o documento acompanha o início da atuação de Moraes na Corte, em março de 2017, até março desde ano, quando completou sete anos como ministro. Segundo relatório de atuação, o acervo de processos herdados pelo ministro contava com 6.597 processos. Atualmente, são 699 processos, representando uma redução de 89%”. O saldo da ação de Alexandre de Moraes, apesar do mimimi vitimista das milícias bolsonaristas e da chiadeira da mídia hegemônica, é positivo.
Mas ainda há muito o que fazer. Até agora só foram presos os bagrinhos que foram utilizados como massa de manobra pelos golpistas. Estes “patriotários” são criminosos e merecem a punição exemplar. Mas cadê os parlamentares, mercenários da fé e influencers que alimentaram o ódio e a violência desses vândalos? Cadê os empresários que financiaram toda a cruzada golpista, desde os bloqueios criminosos das estradas até os acampamentos nos quartéis do Exército? E, principalmente, cadê os mentores – fardados e civis – dos atos terroristas? Quando Jair Bolsonaro, chefão da Orcrim (Organização criminosa), irá para a cadeia?
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