O clima está esquentando na Argentina de Javier Milei – o neofascista que tem como símbolo da sua gestão destrutiva a motosserra e que diz ser aconselhado por seu cão morto, o Conan. Nesta quinta-feira (20), a maior central sindical do país anunciou uma greve geral de 24 horas para 10 de abril. Será a terceira paralisação desde o início desse governo ultraneoliberal. As outras ocorreram em janeiro de 2024, apenas um mês e meio após a posse de Javier Milei, e em maio passado.
Anunciado por Héctor Dáer, secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), o protesto terá como motes principais a solidariedade à luta dos aposentados e pensionistas por um “aumento emergencial” dos proventos e o repúdio à violência policial, que já deixou centenas de feridos e presos em manifestações recentes. A greve geral também terá como pauta “a defesa do setor produtivo”, devastado pelo “anarcocapitalista”, e reabertura das obras públicas.
Acirramento da luta de classes e violência policial
O acirramento da luta de classes no país vizinho tem explicitado a postura autoritária, neofascista, de Javier Milei, “El Loco”. A violência contra os recentes protestos dos aposentados foi tamanha que gerou críticas até a vice-presidente argentina, Victoria Villarruel: “Como advogada, sempre acreditei que em qualquer evento tão difícil, como o que aconteceu às portas do Congresso Nacional e nas áreas vizinhas, a justiça deve prevalecer. Eu me solidarizo com todos os feridos”.
Como registra matéria do site UOL, “a fala de Victoria Villarruel expõe a crise que existe entre ela e o presidente argentino. Os dois parecem manter a convivência por questões institucionais. A vice de Milei também é a presidente do Senado Argentino. Os dois evitam aparecer em público juntos e protagonizaram diversas situações em que tiveram posições políticas distintas sobre acontecimentos polêmicos, como a repressão aos aposentados”.
A repressão policial também causou a repulsa de entidades da imprensa, como a Associação dos Fotojornalistas da Argentina (Angra), que pediu a imediata renúncia da ministra de Segurança, a truculenta Patrícia Bullrich. Entre os inúmeros feridos nas manifestações dos aposentados estão vários jornalistas, como o fotografo Pablo Grilo, de 35 anos, Ele fazia a cobertura do protesto da semana retrasada e foi atingido na cabeça por um cartucho de gás lacrimogêneo.
Aposentados estão na linha divisória da pobreza
Como descreve uma reportagem da Folha, a tendência é que violência praticada por Javier Milei e sua ministra da Segurança cresça no próximo período. “O protesto de aposentados no Congresso argentino ocorre todas as quartas-feiras, com poucas interrupções, há décadas. Mas ganhou força no governo de Javier Milei, quando essa camada social pagou um alto preço pelo ajuste fiscal do governo. Os aposentados estão praticamente na linha divisória da pobreza”.
“Neste mês, as aposentadorias ficaram em 279 mil pesos (R$ 1.525). Junto a um bônus de 70 mil pesos dado pelo governo, o valor chega a 349 mil pesos (R$ 1.900). Segundo a medição argentina, em janeiro (últimos dados disponíveis), um cidadão que ganha menos de 334,5 mil pesos (R$ 1.827) está abaixo da linha da pobreza”.
Como descreve uma reportagem da Folha, a tendência é que violência praticada por Javier Milei e sua ministra da Segurança cresça no próximo período. “O protesto de aposentados no Congresso argentino ocorre todas as quartas-feiras, com poucas interrupções, há décadas. Mas ganhou força no governo de Javier Milei, quando essa camada social pagou um alto preço pelo ajuste fiscal do governo. Os aposentados estão praticamente na linha divisória da pobreza”.
“Neste mês, as aposentadorias ficaram em 279 mil pesos (R$ 1.525). Junto a um bônus de 70 mil pesos dado pelo governo, o valor chega a 349 mil pesos (R$ 1.900). Segundo a medição argentina, em janeiro (últimos dados disponíveis), um cidadão que ganha menos de 334,5 mil pesos (R$ 1.827) está abaixo da linha da pobreza”.