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Abin Paralela incrimina Carluxo e Ramagem

junio 17, 2025 22:44 , por Altamiro Borges - | No one following this article yet.
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Por Altamiro Borges

A CNN-Brasil divulgou nesta terça-feira (17) que a Polícia Federal concluiu e enviou ao Supremo Federal (STF) o relatório do inquérito que apurou o uso ilegal de ferramentas de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência, no caso que ficou conhecido como “Abin Paralela”. Mais de 30 nomes foram indiciados, entre eles o vereador Carlos Bolsonaro, filhote 02 do ex-presidente fujão, e Alexandre Ramagem, ex-chefão da Abin no covil fascista. Também foram indiciados membros da atual cúpula da agência, incluindo o diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa.

“A PF indicou Jair Bolsonaro pelo crime de organização criminosa. Segundo as investigações, o ex-presidente tinha conhecimento do funcionamento da estrutura, não tomou as medidas para interromper a prática e a usou para se beneficiar. O nome do ex-presidente, no entanto, não consta necessariamente na listagem formal porque ele já responde pelo mesmo crime na ação do golpe. Pelo ‘princípio da vedação da dupla incriminação’, uma pessoa não pode responder duas vezes pelo mesmo fato”, explica o site.

Já Alexandre Ramagem foi apontado como o principal responsável por organizar o esquema ilegal de monitoramento e o vereador Carlos Bolsonaro foi indiciado por chefiar o chamado “gabinete do ódio”, que usou as informações obtidas por meio da “Abin paralela” para produzir e disseminar conteúdos nas redes sociais com o objetivo de atacar adversários políticos do ex-presidente. “A cúpula da Abin foi indiciada por suspeitas de tentar obstruir as investigações. Em uma das fases de busca e apreensão, por exemplo, funcionários da Abin teriam ocultado computadores que, posteriormente, foram localizados e apreendidos”.

Sistema de espionagem israelense FirstMile

Segundo o relatório da PF, o sistema israelense de geolocalização FirstMile foi utilizado de forma irregular para espionagem. “A ferramenta, desenvolvida pela empresa Cognyte (ex-Verint), teria permitido o rastreamento de até 10 mil celulares por ano nos três primeiros anos do governo Bolsonaro. A investigação aponta que ministros do STF, deputados e jornalistas tiveram suas localizações rastreadas por essa “Abin paralela”, estruturada à margem dos procedimentos legais da agência”.

Um dos elementos do inquérito foi a gravação de uma reunião ocorrida em 2020 e tornada pública em julho do ano passado. “O áudio mostra Jair Bolsonaro, o então diretor da Abin Alexandre Ramagem, e advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) discutindo estratégias para monitorar auditores da Receita Federal responsáveis pelas investigações do caso da ‘rachadinha’ no gabinete de Flávio quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. Na gravação, Ramagem sugere que, para anular a investigação, seria necessário instaurar um procedimento administrativo contra os auditores da Receita e remover alguns deles de seus cargos”.

Diante da inclusão do seu nome na ficha criminal, o hidrófobo Carluxo Bolsonaro partiu para a ironia: “Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!”.
Origen: https://altamiroborges.blogspot.com/2025/06/abin-paralela-incrimina-carluxo-e.html