Por Rafael Dantas
Não é novidade que o Datafolha, do grupo Folha, apoiador intelectual e logístico da ditadura, tem o seu lado bem definido nestas eleições. A recente pesquisa para governador do estado de SP chamou atenção. O levantamento do instituto registrou nada menos que 54% para governador candidato a reeleição, não é pouca coisa.
Este número está sendo recebidos com espanto por muitos devido diversos fatores na conjuntura política, que fariam com o que o atual governo não gozasse de tão boa reputação, Jornadas de Junho, Pinheirinho, corrupção do Metrô, gargalos na mobilidade urbana, e tantos outros que jogaram por terra um dos discursos mais caros aos tucanos, o de gestores competentes.
Neste sentido podemos levantar duas hipóteses. 1) a situação do candidato ocupante dos Bandeirantes está muito boa, e a pesquisa é retrato fiel da realidade, e o instituto é totalmente isento e não exerce um papel político militante na sociedade em disputa. 2) A situação está muito ruim exigindo uma militância mais acirrada dos institutos para neste ponta-pé inicial lhes garantir uma margem maior do que tem.
Pesquisas não ganham eleições, qualquer político experiente sabe disso. Mas ela tem outros efeitos. Um é papel é o efeito psicológico, de fortalecer ou não as candidaturas, deixando os votantes animados ou desanimados, este efeito também se estende as tropas militantes. Outro efeito mais estrutural é que as pesquisas podem influenciar na mobilização os recursos de financiadores, o financiamento de campanha. Se um candidato desponta como franco favorito, os interesses empresariais podem ser atraídos para sua campanha, em detrimento dos outros.
Alguns fatos importantes neste período recente ser lembrados, para que as pesquisas não sejam o único e soberano fator de análise da realidade. Tais como o desgaste natural de estarem duas décadas no comando. Lembremos também do último pleito municipal. A última eleição municipal o PT cresceu em cidades importantes e no interior, sem deixar de lado a conquista da prefeitura da capital. Bem como o fato de Fernando Haddad ter iniciado a campanha com míseros 3% nas pesquisas.
Outro que não pode passar despercebido, são as alianças políticas que fizera de Skaf o detentor de o maior tempo de TV, um fato deveras importante, e quiçá intrigante. Pois, sendo o detentor da máquina, Alckmin teria em suas mãos diversos dispositivos para atrair aliados, mas assim não o fez ou não conseguiu. O que denota um certo enfraquecimento político.
Então a pergunta final: qual é o papel que exerce esta pesquisa? Que buracos ela vem tapar?
* Acompanhe outros textos do autor na página do Facebook: AbaixoaManipulacaoMidiatica
Não é novidade que o Datafolha, do grupo Folha, apoiador intelectual e logístico da ditadura, tem o seu lado bem definido nestas eleições. A recente pesquisa para governador do estado de SP chamou atenção. O levantamento do instituto registrou nada menos que 54% para governador candidato a reeleição, não é pouca coisa.
Este número está sendo recebidos com espanto por muitos devido diversos fatores na conjuntura política, que fariam com o que o atual governo não gozasse de tão boa reputação, Jornadas de Junho, Pinheirinho, corrupção do Metrô, gargalos na mobilidade urbana, e tantos outros que jogaram por terra um dos discursos mais caros aos tucanos, o de gestores competentes.
Neste sentido podemos levantar duas hipóteses. 1) a situação do candidato ocupante dos Bandeirantes está muito boa, e a pesquisa é retrato fiel da realidade, e o instituto é totalmente isento e não exerce um papel político militante na sociedade em disputa. 2) A situação está muito ruim exigindo uma militância mais acirrada dos institutos para neste ponta-pé inicial lhes garantir uma margem maior do que tem.
Pesquisas não ganham eleições, qualquer político experiente sabe disso. Mas ela tem outros efeitos. Um é papel é o efeito psicológico, de fortalecer ou não as candidaturas, deixando os votantes animados ou desanimados, este efeito também se estende as tropas militantes. Outro efeito mais estrutural é que as pesquisas podem influenciar na mobilização os recursos de financiadores, o financiamento de campanha. Se um candidato desponta como franco favorito, os interesses empresariais podem ser atraídos para sua campanha, em detrimento dos outros.
Alguns fatos importantes neste período recente ser lembrados, para que as pesquisas não sejam o único e soberano fator de análise da realidade. Tais como o desgaste natural de estarem duas décadas no comando. Lembremos também do último pleito municipal. A última eleição municipal o PT cresceu em cidades importantes e no interior, sem deixar de lado a conquista da prefeitura da capital. Bem como o fato de Fernando Haddad ter iniciado a campanha com míseros 3% nas pesquisas.
Outro que não pode passar despercebido, são as alianças políticas que fizera de Skaf o detentor de o maior tempo de TV, um fato deveras importante, e quiçá intrigante. Pois, sendo o detentor da máquina, Alckmin teria em suas mãos diversos dispositivos para atrair aliados, mas assim não o fez ou não conseguiu. O que denota um certo enfraquecimento político.
Então a pergunta final: qual é o papel que exerce esta pesquisa? Que buracos ela vem tapar?
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