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Assassino bolsonarista de Foz volta pra cadeia

16 de Março de 2025, 9:35 , por Altamiro Borges - | No one following this article yet.
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Por Altamiro Borges

O ex-policial bolsonarista Jorge Guaranho, que matou o petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR) durante sua festa de aniversário em 9 de julho de 2022, voltou para a cadeia nessa semana. O desembargador Gamaliel Scaff revogou a decisão absurda de conceder prisão domiciliar ao frio assassino. Nesta sexta-feira (14), Jorge Guaranho foi transferido para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Em 13 de fevereiro passado, o bolsonarista foi condenado no Tribunal do Júri de Curitiba a uma pena de 20 anos de prisão em regime fechado. Estranhamente, porém, um dia depois ele obteve liminar no Tribunal de Justiça do Paraná garantindo prisão domiciliar sob a desculpa esfarrapada de problemas de saúde. Mas o desembargador determinou nova avaliação pelo Instituto Médico Legal (IML) e, de acordo com o laudo, assinado em 27 de fevereiro pelo médico legista José Fernando Rodriguez, o criminoso tem condição de cumprir pena em qualquer local “com apoio de equipe de saúde adequado”. Com isso, a justiça foi feita e o assassino voltou para a cadeia.

O ex-policial penal foi condenado pelo Tribunal do Juri por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil (divergência política) e perigo comum (disparo de tiros em um ambiente com outras pessoas). Nesta terça-feira (11), o Ministério Público ainda recorreu da decisão para obter uma pena maior. No recurso de apelação, os promotores da Justiça apontam “desajuste social do condenado” e pedem que isso seja considerado na sentença. Também querem que a “suposta confissão do réu” não seja levada em conta como fator de diminuição da pena.

Na festa de aniversário de Marcelo Arruda

Como relembra a Folha, “em 9 de julho de 2022, Guaranho invadiu a festa de Marcelo, que comemorava 50 anos de idade no salão de um clube em Foz do Iguaçu, junto com familiares e amigos. O petista usava uma camiseta com a imagem do então candidato Lula, e a decoração fazia referências ao PT, como balões vermelhos. Guaranho e Marcelo não se conheciam, mas, ao saber do tema da festa, o então policial penal resolveu ir até o local gritando o nome de Jair Bolsonaro (PL) em provocação aos convidados”.

“No equipamento de som de seu carro, ligou uma playlist com músicas da campanha do então presidente. Marcelo respondeu à provocação, gritando "[Bolsonaro] na cadeia", e, após uma rápida discussão com Guaranho, pegou terra e jogou no carro do policial penal. Guaranho foi embora, mas voltou pouco tempo depois. Na segunda vez que apareceu na festa, ele desceu do carro, e a policial civil Pamela Silva, companheira de Marcelo, mostrou seu distintivo, pedindo que ele fosse embora. Mas Guaranho viu Marcelo ao fundo, atrás de Pamela, e começou a atirar nele. Marcelo foi atingido com dois tiros. Ele chegou a ser levado para um hospital, mas morreu na madrugada do dia seguinte, 10 de julho”.
Fonte: https://altamiroborges.blogspot.com/2025/03/assassino-bolsonarista-de-foz-volta-pra.html