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Charge: Fraga |
Em outubro passado, Jair Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ficou inelegível por oito anos por abuso de poder político e econômico. Agora, a partir de 24 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar o ex-presidente e outros 33 milicianos por suas ações golpistas. As penas podem chegar a 43 anos de cadeia. Além dessas duas punições, o “capetão” ainda poderá ser condenado pelo Superior Tribunal Militar, perdendo sua patente.
Na quarta-feira passada (12), Flavio Bierrenbach, ex-ministro do STM, entregou ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, uma representação pedindo que a denúncia contra Bolsonaro receba um adendo para incluir um crime militar – o de “incitamento à indisciplina”. Ele é previsto no artigo 155 do Código Penal Militar e prevê pena de reclusão de dois anos, além da perda de posto e patente. O ex-presidente fujão é capitão reformado do Exército. "O dever dos militares é defender a Constituição e não enxovalhar a farda com trama golpista", diz a representação.
No mesmo dia, em sua emocionante cerimônia de posse, Maria Elizabeth Rocha, primeira mulher a assumir a presidência do Superior Tribunal Militar nos 217 anos de história do órgão, também afirmou que o fascista poderá ser julgado por crime militar. Sua declaração gerou imediata reação do misógino: “Essa mulher que assumiu a presidência [do STM] disse que eu deveria perder a patente de capitão e ter os meus proventos retirados. Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum”, choramingou em coletiva à imprensa neste sábado (15).
Jair Bolsonaro e seus milicianos – fardados e civis – ficarão com as nádegas expostas na janela nas próximas semanas e meses. O chororô da extrema direita, com seus atos pela anistia dos golpistas, é totalmente compreensível. Mas pode não dar em nada! Só em fiascos, como na manifestação que flopou neste domingo (16) em Copacabana. A conferir!