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| Charge: Kap/Cartooning for Peace |
Sem maior alarde, o jornal Folha de S.Paulo informou nesta segunda-feira (10) que “o Brasil exportou uma média de 700 MW (megawatts) de energia elétrica para a Argentina em fevereiro, ajudando a evitar um apagão generalizado no país de Javier Milei. O volume mensal representou uma alta de 121% ante o mesmo mês de 2024 e uma elevação de 99% em relação a janeiro. É o maior volume mensal exportado desde agosto do ano passado”.
A notinha ainda explica que Buenos Aires “estando vivendo efeitos climáticos extremos, com fortes chuvas, enchentes e apagões... Catástrofes climáticas acontecem na Argentina no momento em que Milei estuda proposta para deixar o Acordo de Paris, seguindo os passos de seu aliado estadunidense, Donald Trump. O presidente argentino nega que os humanos sejam os responsáveis pelas mudanças climáticas. No início do ano, durante discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos, ele atacou os movimentos ambientais globais”.
Folha bajula o 'anarcocapitalista' da motosserra
O caos vivido pela Argentina – expresso agora nos apagões de energia elétrica – não tem sido destaque na mídia hegemônica brasileira. Jornalões e emissoras de tevê não escondem sua torcida pelo “anarcocapitalista” Javier Milei, que orientado por seu cachorro morto e com sua “motosserra” tem devastado a economia do país, aumentando as agruras do povo irmão. A Folha, por exemplo, tem publicado vários textos elogiando o destrutivo presidente argentino.
Em editorial de 19 de fevereiro passado, o jornalão lamentou o escândalo das criptomoedas, que “pode macular a credibilidade de Milei, após os avanços na economia oriundos de uma profunda e até aqui bem-sucedida reforma orçamentária implementada em seu governo”. A bajulação é patética. “São significativos os resultados de sua gestão macroeconômica: equilíbrio das contas primárias, superação da recessão e queda da inflação de 211,4% para 117,8% no final do ano passado”. Nada fala, porém, do aumento do desemprego, da fome e da tragédia dos argentinos.
Estudos recentes apontam que a pobreza saltou 11 pontos no primeiro ano do ultraneoliberal e hoje afeta 52,9% da população. Em 2024, o consumo de leite foi o mais baixo dos últimos 34 anos, enquanto o consumo per capita de carne foi o segundo mais baixo desde que os registros começaram, em 1914. Como afirmou o aposentado Miguel Baldazarra, 75 anos, à AFP, a situação é desesperadora: “Não temos dinheiro suficiente. Não podemos comprar nada, não podemos comprar carne”.
Em editorial de 19 de fevereiro passado, o jornalão lamentou o escândalo das criptomoedas, que “pode macular a credibilidade de Milei, após os avanços na economia oriundos de uma profunda e até aqui bem-sucedida reforma orçamentária implementada em seu governo”. A bajulação é patética. “São significativos os resultados de sua gestão macroeconômica: equilíbrio das contas primárias, superação da recessão e queda da inflação de 211,4% para 117,8% no final do ano passado”. Nada fala, porém, do aumento do desemprego, da fome e da tragédia dos argentinos.
Estudos recentes apontam que a pobreza saltou 11 pontos no primeiro ano do ultraneoliberal e hoje afeta 52,9% da população. Em 2024, o consumo de leite foi o mais baixo dos últimos 34 anos, enquanto o consumo per capita de carne foi o segundo mais baixo desde que os registros começaram, em 1914. Como afirmou o aposentado Miguel Baldazarra, 75 anos, à AFP, a situação é desesperadora: “Não temos dinheiro suficiente. Não podemos comprar nada, não podemos comprar carne”.
