Na quinta-feira passada (23), o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do deputado estadual Lucas Bove (PL) “por reiterados descumprimentos de medidas protetivas” favoráveis à sua ex-esposa, a influenciadora digital Cíntia Chagas. Em denúncia oferecida ao Tribunal de Justiça, a Promotoria afirma que o raivoso bolsonarista tinha o hábito de apontar uma arma contra a vítima, além de cometer vários outros crimes. O TJ-SP ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão.
Ainda segundo a grave denúncia, “uma testemunha presenciou, em 2024, o deputado fumar maconha e apertar o bico do peito da influenciadora por cima da roupa e, por vezes, colocava a mão debaixo da roupa de Cíntia e dizia ‘olha o que eu faço com a sua amiga’. O episódio teria deixado ambas constrangidas” – descreve matéria da Folha. “Em uma das brigas do casal, no ano passado, o deputado teria afirmado a uma amiga da influenciadora: ‘Cadê aquela vagabunda? Eu vou matar ela’. No mesmo dia, teria dito a Cíntia que ‘você só não vai apanhar agora porque tem 6 milhões de seguidores’. Na sequência, aproximou-se do rosto com o punho fechado e ameaçou queimar seus pertences”.
MP pede prisão preventiva de Luca Bove
Em setembro de 2024, Cíntia Chagas relatou à polícia os abusos físicos e psicológicos sofridos durante o relacionamento de mais de dois anos com o deputado bolsonarista. O inquérito sobre o caso foi concluído em 15 de setembro deste ano e encaminhado à Justiça. No pedido de prisão, a promotora Fernanda Raspantini Pellegrino afirma que “o autor possui a devida ciência acerca da necessidade de respeitar as medidas protetivas, porém, ele não o faz por acreditar que não será responsabilizado pelas consequências de seus atos”. Ela também alega que o deputado demonstra “completo desprezo pelas decisões judiciais” e que sua prisão é necessária porque ele “não cessará os ataques à imagem e à reputação” da vítima.
A Folha ainda realça que “o Ministério Público avançou em relação ao inquérito policial. Na conclusão da investigação, a delegada responsável pelo caso havia negado a prática de lesão corporal, envolvendo faca, por suposta falta de provas... Divergindo da autoridade policial, a Promotoria reconsiderou. Pelas redes sociais, Cíntia comentou a decisão. ‘Para quem duvidou: lesão corporal. Hoje, durmo aliviada. Sigo acreditando na Justiça’”. A influenciadora também pontuou: “Trata-se de um homem público, e é moralmente inaceitável que agressores de mulheres permaneçam investidos em funções de poder”.
Pedido de cassação do mandato na Alesp
Com base no pedido de prisão do Ministério Público, a Bancada Feminista do Psol protocolou nesta semana um novo pedido de cassação do mandato de Lucas Bove no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Na representação, a deputada Paula Nunes argumenta que o caso “atinge o cerne da credibilidade e da autoridade moral do Legislativo paulista... Diante do pedido de prisão preventiva, não podemos admitir um parlamentar na Casa que pratica violência contra a mulher. A cassação é uma resposta necessária para reafirmar que a Alesp não é conivente”,
O documento lembra que o bolsonarista foi indiciado pela Polícia Civil no início de novembro por stalking (“perseguição insistente”) e violência psicológica e, depois, denunciado pelo MP por reiterado descumprimento de decisões judiciais. Apesar dessas ações, a Alesp – que virou um puxadinho do Palácio dos Bandeirantes e segue as ordens do governador Tarcísio de Freitas – até hoje não tomou qualquer providência sobre o caso. Recentemente, o Conselho de Ética já havia arquivado – por seis votos a um – outra representação contra Lucas Bove, apresentada pelo PSOL em 2024.
A Folha ainda realça que “o Ministério Público avançou em relação ao inquérito policial. Na conclusão da investigação, a delegada responsável pelo caso havia negado a prática de lesão corporal, envolvendo faca, por suposta falta de provas... Divergindo da autoridade policial, a Promotoria reconsiderou. Pelas redes sociais, Cíntia comentou a decisão. ‘Para quem duvidou: lesão corporal. Hoje, durmo aliviada. Sigo acreditando na Justiça’”. A influenciadora também pontuou: “Trata-se de um homem público, e é moralmente inaceitável que agressores de mulheres permaneçam investidos em funções de poder”.
Pedido de cassação do mandato na Alesp
Com base no pedido de prisão do Ministério Público, a Bancada Feminista do Psol protocolou nesta semana um novo pedido de cassação do mandato de Lucas Bove no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Na representação, a deputada Paula Nunes argumenta que o caso “atinge o cerne da credibilidade e da autoridade moral do Legislativo paulista... Diante do pedido de prisão preventiva, não podemos admitir um parlamentar na Casa que pratica violência contra a mulher. A cassação é uma resposta necessária para reafirmar que a Alesp não é conivente”,
O documento lembra que o bolsonarista foi indiciado pela Polícia Civil no início de novembro por stalking (“perseguição insistente”) e violência psicológica e, depois, denunciado pelo MP por reiterado descumprimento de decisões judiciais. Apesar dessas ações, a Alesp – que virou um puxadinho do Palácio dos Bandeirantes e segue as ordens do governador Tarcísio de Freitas – até hoje não tomou qualquer providência sobre o caso. Recentemente, o Conselho de Ética já havia arquivado – por seis votos a um – outra representação contra Lucas Bove, apresentada pelo PSOL em 2024.









