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Direita na Venezuela não tolera as urnas

21 de Outubro de 2017, 12:13 , por Altamiro Borges - | No one following this article yet.
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Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Mais uma vez a oposição venezuelana com o respaldo do governo estadunidense não aceita o resultado das urnas que deu a vitória aos candidatos do PSUV (Partido Socialista Unificado da Venezuela). Agora é moda entre grupos de direita não aceitar os resultados das urnas. Nos conglomerados midiáticos que compõem o denominado grupo Diário das Américas o espaço para a oposição venezuelana é total e absoluto em uma demonstração de que o pensamento único é a tônica.

Aconteceu o mesmo no Brasil, em outubro de 2014, quando o então candidato presidencial pelo PSDB, Aécio Neves, foi derrotado nas urnas. Mas tanto os tucanos como os demais apoiadores do atual senador bradavam histericamente ter havido fraude na vitória de Dilma Rousseff. Como os argumentos não colaram, a oposição se juntou ao traidor Michel Temer, do PMDB, e partiram para o esquema do golpe parlamentar com o apoio da mídia comercial conservadora, a mesma que não se conforma com a vitória dos seguidores do presidente Nicolás Maduro.

É assim que age a direita, seja venezuelana ou brasileira. Não aceita nenhum tipo de resultado das urnas a não ser a vitória e ainda por cima se intitulam democratas. No caso da Venezuela, já se sabia que a direita havia perdido força com as provocações nas ruas. Agora, depois da derrota eleitoral, só lhe resta o apoio internacional que passa pelo governo de Donald Trump e de outros que se dobram vergonhosamente às pressões, como no caso do ilegítimo Michel Temer, que procura se apresentar como democrata, mesmo com as evidências do golpe que o levou a ocupar o governo.

Nos dias atuais as evidências ficam ainda mais claras sobre o que aconteceu no Brasil. Segundo o doleiro Lúcio Funaro, o meliante Eduardo Cunha recebeu dinheiro para pagar os parlamentares apoiadores do impeachment e assim sucessivamente. É o caso de perguntar o que têm a dizer os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Michel Temer faz de tudo para não ser obrigado a abandonar o cargo por 180 dias e ser investigado pelo STF. Para tanto diz qualquer coisa, até que está sendo vítima de uma conspiração. Temer omite o fato que só ocupa o cargo atual porque conspirou contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, inclusive com o apoio do Departamento de Estado norte-americano.

Os fatos atuais demonstram que os golpistas brasileiros e a oposição venezuelana adotam os mesmos critérios de ação, ou seja, a mentira e a manipulação da informação que desenvolve diariamente a mídia comercial. No Brasil, os golpistas se desentendem quanto ao fato de seguir ou não apoiando Temer. O esquema Globo que o diga.

Na Venezuela, que conta com o apoio dos golpistas brasileiros, a etapa é outra, isto é, não tiveram força para concretizar a derrubada do governo constitucional e com o recente resultado eleitoral não sabem o que fazer, mas só lhes resta o apoio da direita internacional. Para tanto aparecem na mídia comercial denunciando uma suposta fraude eleitoral, negada por observadores internacionais.

E assim caminham os políticos que se denominam democratas e ao mesmo tempo não aceitam o resultado adverso das urnas. No Brasil, para seguirem adiante no retrocesso são capazes de tudo, inclusive o governo ilegítimo fazer mais e mais concessões para as bancadas que o apoiam, como o setor ruralista. Em mais uma pouca vergonha, como se não bastassem as outras, o governo golpista decide até facilitar a vida de escravocratas.

E pelo andar da carruagem golpista não será nenhuma surpresa se outras medidas extremas de retrocesso social forem adotadas. Como o atual governo ilegítimo tudo é possível para facilitar a vida da bancada ruralista e do setor bancário e com isso seguir ocupando o governo.

Fonte: http://altamiroborges.blogspot.com/2017/10/direita-na-venezuela-nao-tolera-as-urnas.html