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| Charge: Nani/Nani Humor |
Em ato realizado nesta sexta-feira (9) na capital paulista, o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, oficializou o seu ingresso no PSD – o partido do camaleônico Gilberto Kassab. Com isso, ele agravou ainda mais a crise do PSDB, que definha de forma trágica e ainda tenta uma sobrevida através da fusão com o Podemos. Em março, outra governadora da legenda, Raquel Lira (PE), já havia abandonado o ninho tucano. Agora só resta um governador na sigla, Eduardo Riedel (MS), que também dá sinais de que trocará em breve de camisa.
Em nota lacônica, o político gaúcho, que não esconde seu desejo de disputar a presidência da República, justificou a desfiliação do PSDB: “As circunstâncias do cenário político e eleitoral, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil, exigem novos caminhos”. Na prática, Eduardo Leite atesta que seu antigo partido perdeu totalmente a relevância política, tornando inviável seus projetos pessoais e eleitorais. No PSD, porém, ele não terá vida fácil. A sigla já tem um presidenciável – Ratinho Jr (PR) – e ainda namora com o bolsonarista Tarcísio de Freitas (SP).
A saída de Eduardo Leite confirma o fim melancólico do PSDB – sigla que governou o país por duas vezes, com o neoliberal FHC, e foi ao segundo turno da disputa presidencial em outros quatro pleitos. Em 1998, o partido chegou a eleger sete governadores e 99 deputados federais, além de contar com 16 senadores. Já na eleição de 2022, a sigla nem sequer lançou candidatura própria à Presidência e elegeu apenas 13 deputados federais, três governadores e nenhum senador. O mesmo desastre se verificou no pleito municipal do ano passado.
