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Charge: Casso |
O “bispo” Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus e da Record, segue tendo dores de cabeça na Justiça. Agora é o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro que processou a Iurd por assédio judicial contra o escritor e jornalista João Paulo Cuenca, que virou alvo de mais de cem processos movidos por pastores da denominação religiosa. Diante do violento assédio, o MPF quer que a igreja pague uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.
A perseguição judicial começou em junho de 2020, quando o escritor postou nas redes sociais que “o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”. A reação da igreja foi devastadora. De acordo com o MPF, J.P. Cuenca foi alvo de 144 ações judiciais, todas quase idênticas, protocoladas em Juizados Especiais Cíveis de diferentes municípios e estados do país, que somaram R$ 3,3 milhões em pedidos de indenizações.
"Orquestração no ajuizamento das demandas"
Em sua ação civil, os procuradores Julio Araújo e Jaime Mitropoulos argumentam que a Iurd fez uso inadequado do Judiciário para silenciar e causar constrangimento ao escritor e ao “próprio ofício jornalístico”. Eles defendem “a responsabilidade da Igreja Universal do Reino de Deus pela orquestração no ajuizamento das demandas”. Eles lembram ainda que o assédio contra Cuenca é idêntico ao adotado por pastores da igreja em relação à jornalista Elvira Lobato a partir de 2007.
Naquele ano, o jornal publicou reportagem intitulada “Universal chega aos 30 anos com império empresarial”, que detalhou os negócios sinistros da igreja comandada por Edir Macedo. “Após a veiculação do texto, 111 fiéis, a maioria pastores, apresentaram ações judiciais contra a repórter da Folha. As causas foram iniciadas em pequenos municípios, o que levou a defesa e jornalistas a se deslocarem para várias regiões do país. Nenhum dos processos foi julgado procedente”, relembra o jornal.
Diante da ação civil, o escritor João Paulo Cuenca festejou em postagem no Instagram: “Agora o MPF reconhece o assédio judicial e busca indenização numa ação de danos coletivos”. São os pastores da Iurd “que precisam se defender”.
Naquele ano, o jornal publicou reportagem intitulada “Universal chega aos 30 anos com império empresarial”, que detalhou os negócios sinistros da igreja comandada por Edir Macedo. “Após a veiculação do texto, 111 fiéis, a maioria pastores, apresentaram ações judiciais contra a repórter da Folha. As causas foram iniciadas em pequenos municípios, o que levou a defesa e jornalistas a se deslocarem para várias regiões do país. Nenhum dos processos foi julgado procedente”, relembra o jornal.
Diante da ação civil, o escritor João Paulo Cuenca festejou em postagem no Instagram: “Agora o MPF reconhece o assédio judicial e busca indenização numa ação de danos coletivos”. São os pastores da Iurd “que precisam se defender”.