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João Doria, a mortadela e o caviar

29 de Abril de 2017, 20:51 , por Altamiro Borges - | No one following this article yet.
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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



Esta aberração marqueteira que ocupa o cargo de prefeito de São Paulo anda precisando de quem lhe enfrente e certamente não merece que seja Lula, porque isso é tudo o que ele quer, já que sua ação política e administrativa, como tudo o que fez na vida, é marketing.

Agora está nos jornais dizendo que as pessoas que protestaram, ontem, contra a reforma da previdência, foram lá para ganhar R$ 100, um sanduíche e uma lata de refrigerante.

Foram, diz ele, porque “adoram estas boquinhas”.

É natural que João Doria pense assim.

Sempre foi desta forma que viveu.

Ou não é recebendo verbas de governos e de empresas para seus eventos e suas revistas – o título de uma delas, Caviar Lyfe Style, bem revela com quem elas falam – que Doria fez sua fortuna?

Verdade que não são boquinhas, mas “bocões”, bocas ricas.

A promoção política não lhe deu uma viagem de van, mas um jato executivo, mas o processo é o mesmo que ele acusa manifestantes, com poucas diferenças.

A primeira é na quantia.

A mortadela doriana é de dezenas e centenas de milhares de reais a cada merchandising que fazia (ou será que ainda faz?).

A segunda, ainda é maior.

A causa.

Povo, pobre, trabalhador, no universo de Dória, é cenário.

O macacão de gari é fantasia da cashmère, a média com pão e manteiga é folclore do champanhe e dos canapés.

João Doria é destes micro-organismos que proliferam na superfície de uma elite apodrecida, inculta, escravista, incapaz de produzir arte, cultura, inteligência para o bem geral.

A única coisa boa é que, exposto à luz, não dura muito.

Fonte: http://altamiroborges.blogspot.com/2017/04/joao-doria-mortadela-e-o-caviar.html