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Em assembleia realizada nesta sexta-feira (3), os profissionais dos jornais e revistas da capital paulista aprovaram a realização de uma greve de um dia de duração na próxima quinta-feira, 9 de outubro, contra a intransigência e a arrogância do patronato. O protesto dá sequência às paralisações parciais ocorridas em 10 de setembro e 1º de outubro, que contaram com forte adesão dos jornalistas das maiores redações de São Paulo.
Em comunicado aos barões da mídia, o Sindicato dos Jornalistas formalizou a decisão sobre a data da paralisação, “reafirmando a necessidade de que as empresas se posicionem formalmente a respeito da proposta até a próxima terça-feira, quando ela perderá validade. No dia seguinte, uma nova assembleia estará pronta para debater a possível posição patronal e organizar os preparativos da paralisação” – informa o boletim da entidade.
Segundo avaliação do sindicato, essa é a maior mobilização da categoria dos últimos tempos. Esse pique ficou patente na assembleia realizada no meio da semana. “Foi a maior assembleia de paralisação em campanha salarial desde 1979, quando ocorreu a greve unificada da categoria. Grupos chegaram ao sindicato de metrô, vindos de redações mais distantes da região central. Um ônibus foi organizado para mobilizar jornalistas do Estadão, e uma marcha trouxe colegas das redações da região central até o auditório Vladimir Herzog”.
Os jornalistas reivindicam reajuste de 5,9% no piso da categoria; reajuste de 5,2% para todos os salários até R$ 15 mil; nos salários acima de R$ 15 mil, reajuste de 4,7% sobre a parcela excedente; abono referente a junho, julho, agosto e setembro, descontando os valores já antecipados; e manutenção de todas as demais cláusulas do contrato coletivo de trabalho.