Por Moisés Mendes, em seu blog:
O Estadão publicou a manchete abaixo, essa semana, enquanto as chuvas agravavam a situação de áreas destruídas do Rio Grande do Sul:
“Arcabouço fiscal perde credibilidade e está perto de ‘tiro de misericórdia’, dizem analistas”
Por que os jornalões insistem tanto com o arcabouço em manchetes sucessivas? Por que a questão fiscal não sai de pauta?
Porque, ao mesmo tempo em que Folha a Estadão sabotam o plano, é preciso manter o governo encurralado e sob questionamento do mercado financeiro.
Estadão, Folha e Globo, mesmo que esse último um pouco menos sabotador, já disseram que o governo federal não tem de onde tirar dinheiro para salvar o Rio Grande do Sul.
Mas eles querem que a Petrobras ‘salve’ os acionistas ricos, com o pagamento dos tais dividendos extraordinários. É preciso subtrair investimentos da Petrobras para contemplar os acionistas amigos dos jornalões e dos homens da Faria Lima.
Tudo porque a Petrobras é a única empresa que garante bons rendimentos em bolsa aos seus acionistas. Porque o mercado acionário do capitalismo brasileiro depende de uma estatal.
Assim, os três jornais acabam sendo aliados dos fascistas que levaram o Rio Grande do Sul a essa situação e não sabem como consertar a destruição que causaram.
Para Folha, Estadão e Globo, até o socorro ao Estado pode comprometer o arcabouço. A grande imprensa não tem mais nada dos escrúpulos que haviam restado do tempo da ditadura.
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Corredor
Quando alguém pensou que o principal acesso a Porto Alegre seria improvisado e chamado de corredor humanitário, como acontece nas guerras?
Encolhidos
Tem muita figura pública vista como referência e inspiração que está quieta diante da catástrofe enfrentada pelo Estado.
Por que estão quietos e distantes? Por medo de se comprometer com a extrema direita? Para preservar carreiras, negócios e claques?