A Globo não tem do que reclamar do governo Lula, mas segue promovendo seu “jornalismo de guerra” contra o atual presidente, sempre na caça de uma “terceira via” para as eleições de 2026. Nesta quarta-feira (2), o império global apresentou seu balanço financeiro e operacional de 2024. Conforme registrou o especialista Samuel Possebon no site Tela Viva, “o lucro líquido da empresa foi de R$ 1,99 bilhão, contra R$ 839 milhões em 2023, um aumento de 138%”.
A corporação midiática teve aumento significativo de faturamento em todas as áreas. Nas receitas com publicidade, vendas e serviços, ela saltou para R$ 16,42 bilhões no ano passado, contra 15,13 bilhões em 2023 – alta de quase 9%. “Foi o melhor resultado em valores nominais desde que o balanço da Globo é publicado”, enfatiza Samuel Possebon. Já a receita financeira consolidada também foi maior, de R$ 2,76 bilhões, contra R$ 2 bilhões em 2023. Isto talvez explique porque a Globo defende com tanto ardor a política monetária de juros pornográficos do Banco Central.
Líder em publicidade no atual governo
Em 18 de março passado, a Folha publicou uma reportagem que evidencia a ingratidão da famiglia Marinho com o atual governo, que tantos lucros lhe proporciona. Segundo o jornal, “o Grupo Globo se mantém à frente na divisão das verbas de publicidade do governo Lula (PT). Em 2024, seus canais de mídia receberam ao menos R$ 126 milhões para veicular propagandas do governo e campanhas de interesse público, como ações contra a dengue ou de estímulo à vacinação”.
Em segundo lugar, a Rede Record, controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus do “pastor” Edir Macedo, recebeu R$ 52 milhões. Conforme enfatiza a matéria, os dados são parciais – já que só levam em conta os R$ 413 milhões em campanhas publicitárias realizadas pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência e pelo Ministério da Saúde. Eles não contabilizam os gastos de bancos públicos e empresas estatais, como o Banco do Brasil, a Caixa e a Petrobras.
O tratamento dado pelo atual governo ao império global é bem distinto do efetuado pelo covil fascista. “No primeiro ano da gestão Bolsonaro, a Globo, que é líder de audiência na TV aberta, chegou a ficar atrás da Record e do SBT na distribuição da verba publicitária. O quadro mudou após o Tribunal de Contas da União (TCU) apontar que faltavam critérios técnicos na distribuição dos anúncios a TVs abertas”, registra a Folha.
