Por Altamiro Borges
Enquanto os deputados bolsonaristas jogam sujo e pesado pela aprovação do projeto de anistia aos golpistas, o Supremo Tribunal Federal (STF) segue com seu trabalho de julgar os vândalos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília no 8 de janeiro de 2023. Até o final de março, 503 terroristas já tinham sido condenados.
Conforme balanço do Estadão, “as sentenças atingem incitadores, executores e financiadores da invasão, e resultam de 1.586 ações penais abertas desde o início das investigações. Desse total, 487 ações são de crimes considerados graves, como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, enquanto 1.099 processos envolvem crimes considerados simples, como incitação ao crime e associação criminosa. O STF também contabiliza oito absolvições”.
Dos casos graves, 249 terroristas receberam penas inferiores a três anos, que foram substituídas por penas restritivas de direito. Já as 248 condenações restantes variam de 11 anos e 6 meses a 17 anos e 6 meses. Destes, 55 pessoas seguem presas provisoriamente, 84 cumprem pena definitiva e cinco estão em prisão domiciliar. O STF também já registrou 61 pedidos de extradição contra foragidos que participaram ou financiaram os ataques.
A falsa narrativa das velhinhas com a Bíblia
Na sessão da Primeira Turma do STF que aceitou a denúncia contra Jair Bolsonaro e outros sete golpistas, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou a versão dos fascistas de que os punidos são vítimas inocentes. “Eu aproveito aqui para desfazer uma narrativa totalmente inverídica. Se criou uma narrativa, assim como a terra seria plana, de que o Supremo estaria condenando ‘velhinhas com a Bíblia na mão’, que estariam passeando em um domingo ensolarado pelo Supremo, pelo Congresso Nacional e pelo Palácio do Planalto. Nada mais mentiroso do que isso”.
Alexandre de Moraes ainda apresentou os dados sobre o perfil de 497 condenados. Segundo ele, somente 36 pessoas têm entre 60 e 69 anos e 7 têm mais de 70 anos. O restante tem até 59 anos. “Essa narrativa que se repete nas redes sociais, de que só mulheres idosas foram condenadas, é totalmente falsa”, afirmou o ministro, que ainda afirmou que as mulheres representam 32% das condenações, enquanto os homens são 68%.
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